Uma peregrinação madeirense visitou recentemente o túmulo de S. Francisco Xavier em Goa, tendo constatado a grande veneração que a si se presta ao grande missionário português, que também tem na Madeira uma fortíssima expressão cultual. A referida peregrinação, segundo explicou D. Teodoro de Faria, Bispo do Funchal, esteve integrada nas comemorações do Centenário do nascimento de S. Francisco Xavier na Diocese, onde tem muita devoção, por causa dos Jesuítas e da Igreja do Colégio, onde os frescos, descobertos recentemente, são uma prova autêntica, visto ele ter sido um dos principais fundadores, juntamente com Santo Inácio de Loiola, da Companhia de Jesus. Uma das expressões mais genuínas da devoção e culto secular a S. Francisco Xavier na Madeira, esclarece também o Bispo do Funchal, «é termos uma das relíquias mais insignes do braço de S. Francisco Xavier que tem percorrido meio mundo nas grandes exposições internacionais e que é considerada uma grande relíquia. Outra expressão forte na piedade popular, acrescenta D. Teodoro, «é a tradição forte da Novena da Graça na Diocese. Consta duma Novena feita a S. Francisco Xavier, durante nove dias, como é próprio da novena, pedindo uma graça especial a S. Francisco Xavier, e através da qual o povo cristão diz ter recebido muitas graças do santo, nesse lapso de tempo. Ela começa nove dias antes da festa do Santo que é a 3 de Dezembro, mas é realizada também por ocasião da sua beatificação, a 3 de Março, e pode ser também realizada em qualquer outra ocasião, como foi prática aqui na diocese em que esteve centrado na Igreja do Colégio e mais tarde, na igreja de São Pedro, e por ocasião da Festa do Senhor. Um pouco aquilo que se passa em todo o mundo». Uma terceira expressão forte desse culto, é a paróquia de S. Francisco Xavier, na Calheta, onde há uma pequena Capela desde os primórdios da população da Madeira, e em que o pároco teve a sensibilidade de mobilizar todos os paroquianos e criar diversas estruturas por esta ocasião, centradas na Novena da Graça. A peregrinação, de cariz diocesano, mas fortemente representativa dessa paróquia, foi integrada pelo número predefinido de trinta pessoas. A peregrinação visitou os lugares célebres da Índia e também os grandes monumentos mongóis de Nova Deli, de Agra, Mombay, antiga Bombaim e finalmente Goa, o centro da nossa expansão portuguesa.