Paz em risco no Sudão, alertam Igrejas africanas

A marginalização de dirigentes políticos no governo de unidade nacional, a violência e a desconfiança das populações do Sul em relação ao poder islâmico do Norte podem pôr em risco a paz no Sudão.

O diagnóstico consta de um relatório publicado nas vésperas das primeiras eleições gerais, previstas para este mês.

O documento, apresentado a 30 de Março por uma instituição dependente da Conferência Episcopal que reúne os bispos da África do Sul, Botsuana e Suazilândia, analisa a situação no país, cinco anos depois do acordo de paz que terminou com uma guerra civil que durou 22 anos.

O analista político que escreveu o texto, John Ashworth, adverte que o protocolo apenas se refere a um dos conflitos que ocorrem no país e só inclui duas partes bélicas, “excluindo todos os outros partidos políticos e facções militares (…) bem como a sociedade civil”, pelo que “não é a paz”, ainda que possa ser considerado um passo importante para a concórdia.

A violência no Sul do território, os combates entre exércitos regionais, petróleo, fronteiras, censos, eleições e cenários pós-referendo de auto-determinação do Sul (agendado para 2011) são alguns dos assuntos mencionados no documento.

Por seu lado, o Núncio Apostólico no Sudão e na Eritreia, D. Leo Boccardi, expressou uma posição mais aberta à esperança de paz, numa entrevista recente à Agência Fides.

Com Agência Fides

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