Pastoral Universitária: Jovens valorizam proposta de ensino integral

Estudantes recém licenciados procuram apoio espiritual para ultrapassar falta de esperança e de perspetivas laborais

Lisboa, 23 mai 2012 (Ecclesia) – O ensino universitário não se resume à “aprendizagem de papéis” mas possibilita o contato com humanidade dos professores e o acesso a atividades extracurriculares numa proposta mais alargada e integrada, explica a finalista de engenharia biológica Catarina Alves.

“O que a universidade nos dá não se resume ao que se aprende nos papéis, mas também ao contato com os professores, perceber a grandiosidade de alguns, aprender o máximo e tirar tudo o que nos pode dar a nível de atividades extra curriculares”, explica a jovem de 22 anos ao programa Ecclesia na Antena 1.

Natural de Leiria, vive em Lisboa onde termina a sua formação em engenharia biológica, esta estudante acredita haver ainda espaço no mercado de trabalho para uma investigadora, “seja na indústria dos biocombustíveis ou alimentar”.

“Há espaço mas os jovens têm de ter consciência do que querem fazer; devem ter uma confiança tremenda em si porque facilmente são deitados abaixo”, explica, avançando com a possibilidade de “experimentar oportunidades no estrangeiro, sem esquisitices, para mais tarde voltar a Portugal”.

Catarina Alves encontrou na paróquia de Arroios, em Lisboa, um Centro Académico que tem sido um suporte para a sua vida de leiga e de estudante.

“É uma lição para muitos que chegam às cidades e dizem que não há jovens, que não existe Igreja ou grupos organizados”, explica a futura investigadora que encontrou neste espaço “uma família”, onde há “chás e sofás enquanto se estuda”, explica a jovem.

“É um sentimento de «não estou sozinha»”.

Antes de sair da ilha da Madeira, José Albuquerque teve a preocupação de perceber que perspetivas de trabalho o curso de telecomunicações e informática lhe poderiam oferecer.

“O mercado de trabalho está difícil em algumas áreas, mas eu tenho recebido chamadas para entrevistas e eu tenho dito que não porque quero primeiro concluir a tese”, afirmou este jovem de 23 anos.

O futuro engenheiro “gosta de olhar o futuro mas sem preocupações” por isso, afirma, “invisto nas coisas infalíveis”.

“Para Deus devemos investir o máximo, mas nas coisas falíveis devemos investir com razoabilidade”.

José Albuquerque participa na Pastoral Universitária de Lisboa, integra o coro na paróquia de Nossa Senhora da Conceição e num grupo de jovens na paróquia da Estrela, em Lisboa.

“Esta é uma forma de me ir formando, é um suporte e uma orientação espiritual”, sublinha.

O programa de rádio da Ecclesia na Antena 1 transmite ao longo da semana testemunhos de jovens recém licenciados que iniciam uma nova fase na vida, entre a esperança e a falta de perspetivas laborais. 

LS

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