Páscoa: Bispo de Viana do Castelo alertou para «solidão» e «isolamento» na sociedade

D. João Lavrador incentivou ao anúncio, à proclamação e «testemunho de que Jesus Cristo ressuscitou»

Foto Agência ECCLESIA/PR

Viana do Castelo, 01 abr 2024 (Ecclesia) – O bispo de Viana do Castelo incentivou os católicos ao “anúncio, proclamação e testemunho” da mensagem da Páscoa, particularmente num mundo que “provoca a solidão e o isolamento”.

“Deixemo-nos conduzir por Jesus Cristo, que ressuscita e quer fazer experiência connosco. Mas, ao mesmo tempo, tornemo-nos arautos do anúncio, da proclamação e do testemunho de que Jesus Cristo ressuscitou: Nós vimo-lo! Nós vimo-lo, nós tocámo-lo, é ele mesmo. Está vivo, está ressuscitado, é verdadeiramente a nossa esperança”, disse D. João Lavrador, este domingo, na sua homilia de Páscoa.

Na celebração, transmitida online, o bispo de Viana do Castelo convidou a olhar para “o facto da ressurreição de Jesus Cristo” e destacou que ele “provoca em cada um o desejo de ser discípulo”, e, nesse sentido, a “integrar uma comunidade”.

“E nós reparamos por muitos relatos do Evangelho que a experiência de Cristo ressuscitado só na comunidade é possível realizar-se. E, ao mesmo tempo, podíamos dizer, implica a comunidade e implica-nos na comunidade. No momento em que vivemos de Cristo, sentimos o desejo de encontro com os irmãos, para a partilha. Porque é um encontro no amor, e o amor é partilha”, desenvolveu.

Neste contexto, segundo D. João Lavrador, quem não vive no amor, vive na solidão, vive no isolamento, e alertou que “o mundo provoca a solidão e o isolamento”, mas o cristão “não pode ceder a essa tentação”.

“Não se pode ser cristão isolado. Ser cristão é viver em partilha permanente, é viver em comunidade, uma comunidade onde participamos ativamente como verdadeiras testemunhas de Jesus Cristo”, realçou.

A partir das leituras bíblicas de Domingo de Páscoa, o bispo de Viana do Castelo destacou “três realidades”, a primeira é que têm de deixar que “a realidade da comunhão, do amor, esta relação íntima com o Cristo faça despontar esta luz nova, o Espírito”, e o segundo aspeto é “o encontro com Jesus”.

“Nós precisamos de encontrar Cristo vivo. E tudo o que é a referência à Ressurreição do Senhor encaminha-nos para que Jesus se revele e para que nós não criemos obstáculo à revelação da vida nova de Cristo”, acrescentou, salientando que o dia de Páscoa, “toda a proclamação da Palavra” e todo o desafio que é lançado é para irem “ao encontro d’Ele” e deixarem que se revele “vivo, ressuscitado”.

O terceiro aspeto que D. João Lavrador indicou, “na experiência do ressuscitado”, foi a proclamação, porque “é fundamental o testemunho”, o que não retira a “necessidade da integração comunitária” para fazer a experiência de Cristo vivo.

O bispo de Viana do Castelo, na Missa de Páscoa transmitida online pela diocese do Alto Minho com a ‘Viana Tv’ realçou que o cristão, “para ser consciente”, tem que ser um proclamador da Boa Nova de Jesus Cristo, e para viver “intensamente o encontro com Cristo”, tem de o testemunhar para os irmãos.

CB/OC

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Agência ECCLESIA

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