Paróquias do Algarve repicaram os sinos durante Cimeira de Copenhaga

As paróquias algarvias associaram-se neste Domingo ao repicar dos sinos por uma acção urgente sobre as alterações climáticas, juntando-se a outras igrejas de Portugal e do mundo.

O “toque de alarme” dirigido aos líderes que decidirão as medidas que poderão assegurar o futuro do ambiente do planeta teve início cerca das 14h00.

Na catedral de Faro os sinos ecoaram 350 vezes, em alusão às 350 partes de dióxido de carbono por milhão na atmosfera, valor considerado pelos cientistas como o limite seguro para o planeta e para os seres humanos.

O pároco da Sé de Faro, Cón. José Pedro Martins, explicou que a iniciativa surgiu na sequência de uma inquietação sentida por “qualquer cidadão, minimamente preocupado com o ambiente e com a degradação da natureza”, que o leva a questionar: “para onde é que nós caminhamos?”.

“A nível político há medidas que se podem tomar e os políticos estão reunidos em Copenhaga para discutir este assunto que não é consensual para todos, mas deverá ser consensual para todas as pessoas que amam o bem-estar, o ambiente, a preservação da natureza e a saúde”, afirmou o sacerdote à comunicação social que acompanhou o toque dos sinos.

O vigário episcopal para a Pastoral acrescentou que a adesão da Igreja a esta acção simbólica prende-se também com a defesa da vida: “Unimo-nos a esta iniciativa porque somos pela qualidade de vida. Como cristãos, sabemos bem que a obra criada é para a felicidade do homem e não para a destruição”.

“Se somos pela vida, e toda a espécie de vida, não podíamos deixar de estar ao lado desta preocupação, para apoiar medidas que possam defender a vida sobre a terra”, acrescentou.

A CIDSE – aliança internacional de agências de desenvolvimento católicas – sublinhou mais uma vez a oportunidade que os líderes mundiais têm de “entrar na história”, por ocasião da maior conferência sobre alterações climáticas desde o Protocolo de Quioto. “Não é possível falhar em Copenhaga, dado que o novo pacto global sobre o clima é o acordo político mais vital que o mundo já viu”, defendeu aquele organismo.

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