Paquistão: Novo arcebispo de Karachi pode pacificar relações entre cristãos e muçulmanos

Londres, 31 jan 2012 (Ecclesia) – O diretor da Fundação Ajuda à Igreja que Sofre do Reino Unido congratulou-se com a nomeação de D. Joseph Coutts para novo arcebispo de Karachi, no Paquistão, devido ao seu empenhamento no diálogo inter-religioso.

“O seu trabalho incansável na promoção da justiça e da paz entre cristãos e muçulmanos vai ajudá-lo a enfrentar os imensos desafios do seu novo cargo”, afirmou Neville Kyrke-Smith, em declarações publicadas esta segunda-feira pelo site da organização católica.

O responsável lembrou que a Fundação trabalhou em 2011 com o prelado numa campanha de pressão para que o Governo do país asiático revisse as leis antiblasfémia, causadoras de “muito sofrimento” aos cristãos e a membros de outras minorias.

A legislação, que prevê pena de morte ou prisão perpétua para quem insulta o profeta Maomé e o Corão, livro sagrado para os muçulmanos, tem sido usada como pretexto para ataques contra cristãos e outros grupos, refere a organização.

O arcebispo, nomeado a 25 de janeiro pelo Papa Bento XVI, disse em 2011 à Fundação que os “mensageiros da paz e do amor” enfrentam desafios “mais difíceis” devido ao “preconceito, violência e ódio”.

O novo responsável pela arquidiocese sediada 1500 km a sul de Islamabad, junto ao Oceano Índico, é presidente da Conferência Episcopal dos Bispos do país e dirige a Caritas nacional, agência católica para a ação social, socorro e desenvolvimento.

D. Joseph Coutts era desde 1998 bispo de Faisalabad, sucedendo a D. John Joseph, que se suicidou em protesto contra as leis antiblasfémia, recorda a AIS do Reino Unido.

A minoria cristã, que enfrenta a pobreza, iliteracia e desemprego, está “muito atrás” dos restantes grupos populacionais nos domínios social, educativo e económico, afirmou no domingo o presidente do Movimento Cristão do Paquistão, Riaz Anjum Advocate, citado pelo Pakistan Christian Post.

A Ajuda à Igreja que Sofre procura que os católicos estejam informados sobre a Igreja perseguida e que esta tenha condições para realizar a sua missão de evangelização, refere o site português da Fundação.

RJM

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