Paquistão: Cristã condenada por blasfémia teme pela sua vida

Lisboa, 13 Jan (Ecclesia) – A cristã paquistanesa Asia Bibi, condenada à morte por alegadamente ter blasfemado contra o profeta Maomé, teme pela sua vida na prisão de Sheikhupura, 240 quilómetros a sudeste de Islamabad.

Fontes próximas da família da cristã de 45 anos informaram à agência Fides, do Vaticano, que ela está “cansada” e se sente” constantemente em perigo”.

O marido de Asia Bibi encontrou-se esta semana com ela, na prisão, e classificou como alarmante o seu “estado de prostração psicológica e de desespero”.

O caso remonta a Junho de 2009, quando mulheres muçulmanas que trabalhavam com Asia Bibi foram ver um responsável religioso e acusaram a cristã de proferir blasfémias contra o profeta Maomé.

No discurso anual dirigido ao corpo diplomático, o Papa pediu esta semana que as autoridades paquistanesas realizem “os esforços necessários” para eliminar a lei contra a blasfémia, “tanto mais que é evidente que a mesma serve de pretexto para provocar injustiças e violências contra as minorias religiosas”.

Segundo o Relatório 2010 sobre a Liberdade Religiosa no Mundo, da Fundação AIS, esta lei é o “pior instrumento de repressão religiosa” no Paquistão.

Trata-se do artigo 295 do Código Penal paquistânes: a secção B refere-se a ofensas contra o Alcorão que são puníveis com prisão perpétua; a secção C refere-se a actos que enxovalham o profeta Maomé, puníveis com prisão perpétua ou com a morte.

OC

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