Conclusões do I Congresso «Tesouros da Igreja, Tesouros da Europa» “Os tesouros e museus da Igreja são reconhecidamente um importante papel na sociedade contemporânea” afirmou José António Falcão, director do Departamento do Património Histórico e Artístico da Diocese de Beja (DPHADB), no último dia do I Congresso “Tesouros da Igreja, Tesouros da Europa”. É no entanto necessário apostar na conservação de acervos a cargo da Igreja e sobretudo haver “uma mediação entre o património e a sociedade em geral”, referindo-se a uma dificuldade de interpretar o património religioso. “Há de facto uma apreciação, visitas e interesse em conhecer, mas não conseguem descodificar o seu sentido mais profundo” assinala. Os museus nasceram maioritariamente no seio da Igreja e assim devem continuar “no seu serviço e a desempenhar essa missão” considera. Os museus e os tesouros de arte sacra fazem falta à sociedade, “devem ser fieis ao seu papel” prevendo uma necessária actualização face as necessidades da sociedade actual Questão esta a ser desenvolvida “através de estudos, de divulgação, de o tornar acessível a públicos mais generalizados” e encontrar no património “pontos de diálogo com a sociedade e a sua cultura e também com as outras religiões” sublinha o director do DPHADB. Grande parte das instituições museológicas e dos museus lutam com dificuldades de instalações, de quadros de pessoal e funcionamento quotidiano. José Falcão chama a atenção para a necessidade de as qualificar para “serem cada vez mais interventivas” . Por outro lado, ver o património como capaz de gerar desenvolvimento, ao nível de emprego, criando rotas de turismo cultural e religioso e “apostando em zonas que estão esquecidas do ponto de vista demográfico, social e económico” dando mostras de esperança. O I Congresso “Tesouros da Igreja, Tesouros da Europa” contou com cerca de 300 participantes, vindos de 16 nações europeias. Notícias relacionadas Património religioso em risco