Papa lembra importância das exéquias

Mensagem aos Bispos italianos que aprovaram ritual para os casos de cremação

Bento XVI escreveu à Conferência Episcopal Italiana, que reuniu em assembleia plenária, destacando os trabalhos que visam uma nova edição italiana do Rito das exéquias.

Segundo o Papa, o novo texto “responde à necessidade de conjugar a fidelidade ao original latino com as oportunas adaptações à situação nacional”, com atenção especial ao “nov contexto sociocultural e às exigências da nova evangelização”.

O esboço desse ritual de exéquias, que contempla a cremação, foi aprovado esta Quarta-feira, 11 de Novembro, em Assis. Os Bispos italianos recomendam que os católicos não adiram a práticas como as de espalhar as cinzas ou conservá-las “fora do cemitério ou de uma igreja”, refere um comunicado enviado à Agência ECCLESIA.

Para Bento XVI, “numa cultura que tende a remover o pensamento da mover – quando não chega mesmo a exorcizá-la, reduzindo-a a um espectáculo ou transformando-a num direito – é missão dos crentes lançar sobre este mistério a luz da revelação cristã”.

Em Junho deste ano, o Bispo de Setúbal publicou uma Nota Pastoral sobre a Cremação dos Corpos, na qual explicava que “a Igreja, embora recomende a prática da sepultura, aceita a possibilidade da cremação”.

De facto, o Código de Direito Canónico, no seu cânone 1176 (parágrafo 3) refere que “a Igreja recomenda vivamente que se conserve o piedoso costume de sepultar os corpos dos defuntos, mas não proíbe a cremação, a não ser que tenha sido preferida por razões contrárias à doutrina cristã”.

Em 2006 foi publicado em Portugal o novo Ritual das Exéquias, com a principal novidade da presença de um capítulo especialmente orientado para o caso em que se faz a cremação do cadáver.

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