Padres de Moçambique podem estagiar na Arquidiocese de Braga

Jovens sacerdotes moçambicanos podem vir a estagiar em paróquias da Arquidiocese de Braga. Perante a solicitação de D. Lúcio Andrice Muandula, Bispo de Xai Xai, Moçambique, D. Jorge Ortiga garantiu que esta cooperação missionária vai ser possível, em nome da «alma missionária da Igreja».

D. Lúcio, que também é presidente da Conferência Episcopal de Moçambique, está em Portugal a convite da Fundação Ajuda à Igreja que Sofre (AIS), instituição que está a ajudar a Igreja Católica moçambicana.

Um dos pontos do programa do prelado foi a visita de cortesia a D. Jorge Ortiga. «Quis tratar com o senhor Arcebispo de Braga algumas questões sobre a minha diocese, Xai Xai, no âmbito da cooperação missionária. Queria saber da possibilidade de alguns dos meus sacerdotes passarem algum tempo na Arquidiocese de Braga a tomar contacto com a realidade do trabalho de uma paróquia, bem como de outros sectores eclesiásticos», explicou D. Lúcio Muandula, em declarações ao Diário do Minho e à “Rádio Sim”.

O prelado justificou o pedido de estágio/formação dos padres com o facto do clero da diocese de Xai Xai ser, em regra, muito jovem, precisando, por isso, de pontos de referência. E Braga tem esses pontos, no seu entender.

Outro aspecto desta cooperação missionária é a possibilidade de ir alguém de Braga, sacerdote ou bispo, para Moçambique a fim de ajudar na formação de formadores na diocese de Xai Xai.

Em resposta, D. Jorge Ortiga, presidente da Conferência Episcopal Portuguesa, explicou que a Arquidiocese de Braga, como todas as dioceses portuguesas, têm dentro de si como que uma alma missionária, no sentido de criar um dinamismo de envio dentro da sua própria diocese, mas também fora. Uma alma missionária que se concretiza na comunhão de pessoas e na entreajuda já existente, não sendo, por isso, propriamente uma novidade.

«O facto de nos encontrarmos hoje foi para reforçarmos este espírito, que já é uma realidade na Arquidiocese de Braga, em concreto, mas também como Conferência Episcopal, bem como dentro da dinâmica de um movimento que já tem tradição na Arquidiocese de Braga. Tivemos também oportunidade de reflectir como a Fundação Ajuda à Igreja que Sofre está a funcionar na nossa diocese. Estas reuniões são boas para aperfeiçoar a cooperação, através de variadíssimas iniciativas», disse.

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