Padres ao lado dos mais pobres

Apelos no arranque do encontro internacional que decorre no Vaticano

O Cardeal Cláudio Hummes, prefeito da Congregação para o Clero, pediu que os padres partam “em missão, por toda parte”, em especial junto dos mais pobres.

Na homilia da Missa a que presidiu esta Quarta-feira, em São Paulo fora de muros, o membro da Cúria Romana colocou como desafios a enfrentar a descristianização dos países de antiga evangelização, além do primeiro anúncio de Jesus Cristo.

“Os destinatários da missão são todos, mas de maneira particular os pobres”, prosseguiu, recordando que hoje são ainda centenas de milhões de seres humanos obrigados a viver na pobreza e até mesmo na miséria e na fome.

“São marginalizados e excluídos da mesa dos bens materiais, sociais, culturais e muitas vezes também da mesa dos bens espirituais. São eles os primeiros que têm o direito de receber a boa notícia de que Deus é um Pai que os ama sem reservas e que Ele não aprova as condições desumanas em que os pobres são mantidos”, apontou o Cardeal brasileiro.

A evangelização e a verdadeira promoção humana não podem estar separadas, recordou ainda o prefeito da Congregação para o Clero.

O encontro internacional dos sacerdotes promovido por ocasião do encerramento do ano sacerdotal foi inaugurado pelo Cardeal Joachim Meisner, Arcebispo de Colónia, o qual afirmou que a perda do sacramento da reconciliação é a raiz de muitos males na vida da Igreja e na vida dos sacerdotes.

“Uma das perdas mais trágicas que a nossa Igreja sofreu, na segunda metade do século XX, é a perda do Espírito Santo no sacramento da reconciliação”, disse o cardeal alemão.

Perante milhares de sacerdotes de todo o mundo, D. Joachim Meisner referiu que “quando o padre já não é confessor, torna-se num agente social religioso”.

“Quando o padre se afasta do confessionário, entra numa grave crise de identidade”, acrescentou.

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