Oratória percorre 90 anos de Fátima

A igreja da Santíssima Trindade acolheu esta tarde a estreia da oratória “Fátima, sinal de esperança para a humanidade”, obra musical que se insere no conjunto de iniciativas que encerram as comemorações dos 90 anos das aparições da Cova da Iria. A peça utiliza um narrador e as “paixões”, a quem compete “narrar os acontecimentos” que se iniciam com as aparições do anjo e prosseguem noutras três partes: a Senhora mais brilhante do que o sol”, “O segredo de Fátima” e “Fátima, sinal de esperança para a humanidade”. A obra foi executada por 366 elementos, incluindo 8 Solistas (5 crianças e 3 adultos), um Coro composto por 11 grupos (6 de Leiria, 4 de Beja e o coro infantil do Santuário de Fátima) e a orquestra Filarmonia das Beiras com 47 músicos, dirigidos pelo maestro Mário Nascimento. O texto da obra passa em revista os acontecimentos religiosos, políticos e sociais do século passado com ligação a Fátima, passando-se por expressões como “ideologias do mal” (citando João Paulo II), Goulag, Holocausto, o “Bispo vestido de branco” e a promessa de esperança com que a obra olha para o futuro. Apesar da qualidade da oratória, os milhares de peregrinos que se encontravam no local dedicaram boa parte da sua atenção à nova igreja, numa constante movimentação. Antes da execução da obra musical, o Bispo de Leiria-Fátima, D. António Marto, referiu que a oratória “evoca os acontecimentos dramáticos do século XX” e conclui com “o retrato de um povo peregrino que parte para a vida a cantar”.

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