Novo Papa reza na Capela Paulina

Primeiro momento de recolhimento vai ser entre a conversão de Paulo e a morte de Pedro

Cidade do Vaticano, 13 mar 2013 (Ecclesia) – O primeiro momento de recolhimento do Papa que vier a ser eleito no Conclave que decorre desde terça-feira no Vaticano será entre os apóstolos Pedro e Paulo que Miguel Ângelo pintou na Capela Paulina.

A conversão de São Paulo à fé cristã e a morte de São Pedro, apóstolo de que todos os Papas são sucessores e que, à semelhança de Cristo, foi crucificado, embora de cabeça para baixo, foram pintadas nas paredes laterais da capela, em lados opostos, entre 1542 e 1550.

Na cena de São Paulo “prevalece o sentido de pânico por causa da forte luz lançada do alto pela mão de Cristo em direção a Saulo, que cai por terra, com o braço esquerdo erguido protegendo o rosto, e ao lado o cavalo que se empina, enquanto quem está ao lado olha com espanto para o céu”, descreve a Rádio Vaticano.

Na Crucifixão de Pedro a tensão não está nos corpos mas no olhar de quem assiste à cena: “Olhares fechados, oblíquos, resignados que se dirigem para quem olha a pintura ou para a cruz”, acrescenta o mesmo texto.

A procissão dos cardeais em direção à Capela Sistina para o início do Conclave começou na Capela Paulina, obra renascentista que Antonio da Sangallo construiu entre 1537 e 1540, por ordem do Papa Paulo III.

Durante a celebração da reabertura da Capela Paulina em 2009, após um ciclo de restauro, o Papa emérito Bento XVI interpretou a expressão do rosto de São Pedro e São Paulo.

“É como se Pedro, na hora da prova suprema, buscasse aquela luz que doou a verdadeira fé a Paulo. Eis então que neste sentido os dois ícones podem se tornar os dois atos de um único drama: o drama do Mistério Pascal: cruz e ressurreição, morte e vida, pecado e graça”, sublinhou.

Na Capela Paulina, concluiu o Papa emérito “o Sucessor de Pedro e os seus colaboradores meditam em silêncio e adoram o Cristo vivo”.

RV/RJM

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