Novas estratégias para renovar a Igreja

Terminou na passada quarta-feira a XXV Semana de Estudos Teológicos, em Lisboa, dedicada este ano à análise dos sinais de renovação da Igreja Católica. A iniciativa da Faculdade de Teologia (FT) da Universidade Católica Portuguesa trouxe à reflexão, de 9 a 11 de Fevereiro, uma série de aspectos ligados à a cidade, nos nossos dias e nos tempos de Cristo. Assumindo a intenção de dar sequência ao Curso de verão “Para uma leitura crente da vida Urbana”, esta jornada de estudos intitulada “Discernir os sinais de uma Igreja que se renova” contou com a participação de mais centena e meia de pessoas, “interessadas realmente nesta reflexão, vindas de todo o país”, como refere à Agência ECCLESIA o Pe. Peter Stilwell, director da FT. Este responsável vinca que, através deste trabalho, “há que encontrar critérios que nos permitam discernir o evangélico, o mais importante e o que não passa de manifestação esporádica na vida eclesial do meio urbano envolvente”. “Vimos em Setembro como as alterações rápidas a que está a ser sujeita a vida urbana deixam as suas sequelas. A Igreja não é elemento passivo nestas mudanças”, acrescentou. Já o vice-reitor da UCP, Carlos Azevedo, referiu-se, em declarações para a Agência ECCLESIA, à necessidade de se encontrarem modelos e linguagens criativas, de modo a atrair as pessoas para a vida eclesial. “Continuamos numa conversa repetida sobre nova evangelização e não ousamos renovar as estruturas: estourar com algumas coisas que em nada estão ao serviço da Igreja e ousar um estilo novo”, lamentou. A reflexão sobre os “primeiros tempos da Igreja”, a “vida de Jesus Cristo”, a “refeição como lugar de encontro no caminho de Deus”, ou as “dificuldades que houve em criar comunidade nesse ambiente”, conforme explica o Pe. Peter Stilwel, pretendeu integrar-se no dinamismo de preparação do Congresso Internacional para a Nova Evangelização, que Lisboa acolhe em 2005. “Provavelmente, está na altura de deixar de falar em nova evangelização e de começar a fazer alguma coisa por ela”, referiu Carlos Azevedo. “O que vemos na comunidade cristã primitiva e o que a História da Igreja nos fala é de gente que ousou formas novas. Nós continuamos a repetir essas formas, a dar-lhes um bocadinho de graxa e de verniz, mas essas são fórmulas um pouco ressequidas e mais do mesmo”, acrescentou.

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