Paris viveu uma semana de festa em torno do Congresso Internacional para a Nova Evangelização. Agora, as atenções viram-se para o nosso país A cidade de Paris foi, ao longo da última semana, o centro de todas as atenções na Igreja Católica com a iniciativa “Paris-Toussaint 2004”, a segunda etapa do Congresso Internacional para a Nova Evangelização (ICNE). O encerramento do ICNE aconteceu ontem com a Eucaristia da Solenidade de Todos os Santos, que encheu a Catedral de Notre Dame. O Cardeal Jean-Marie Lustiger, Arcebispo de Paris, deixou a todos os participantes um desafio, lembrando que “para acreditar é preciso deixar-se tocar por Deus. Para acreditar, não basta ter convicções e dar respostas como toda a gente. Para acreditar, é preciso abrir a sua liberdade a Deus e desprender-se de si mesmo”. Na oração pelos mortos, o Cardeal Lustiger, rezou, dizendo os seus nomes, por vários sem-abrigo que tinham morrido na rua “e por todos aqueles que não conhecemos e morreram na rua”. Segundo a organização, o evento mobilizou mais de 100 mil pessoas ao longo da semana nas cerca de 150 igrejas da cidade, entre as quais a Catedral de Notre-Dame e a Basílica do Sacré-Coeur. Na sexta-feira, mais de 50 mil pessoas participaram no “Dia do Perdão”; os concertos na praça em frente à Igreja de Saint-Sulpice terão reunido mais de 80 mil jovens, 30 mil dos quais no sábado. Durante toda a tarde de sábado, desde o meio-dia até às oito da noite, os parisienses deslocaram-se dos quatro cantos da cidade até à catedral de Notre-Dame, para entregarem o “Livro da Vida”: em todas as paróquias da cidade, um grande livro em branco foi sendo escrito por quem quis, para recordar os que já morreram ou para rezar pelos vivos, e foram depositados 300 mil pedidos. Depois desta semana, o Cardeal-Patriarca de Lisboa, D. José Policarpo, manifestou-se satisfeito. “Penso que houve uma dinamização da cidade, que foi notória sábado à tarde, com o desfile das paróquias aqui na catedral (de Notre-Dame) de todo o mundo, com milhares de pessoas. Esta iniciativa dinamizou a cidade e deu um rosto visível à Igreja Católica em Paris”, disse. D. José Policarpo é um promotores do Congresso, juntamente com os cardeais Godfried Danneels (Bruxelas), Peter Erdo (Budapeste), Jean-Marie Lustiger (Paris) e Christoph Schonborn (Viena). Para realização do ICNE em Lisboa, em 2005, D. José Policarpo espera “tudo e muito pouco”. Mas adianta: “gostaria que o Congresso fosse uma sacudidela. Gostaria que os cristão descobrissem que é simples e normal darem testemunho da sua fé quando isso vem a propósito e que se espalhasse um sentido de normalidade de presença da Igreja na cidade”. Falando à delegação portuguesa que participou no “Paris Toussaint 2004”, D. José Policarpo mobilizou os 215 congressistas presentes para a dinamização do Congresso em Lisboa. O desejo do Patriarca é que essa “coluna de mobilizadores” para as iniciativas que serão promovidas em Lisboa vá “sempre engrossando”.