D. António Moiteiro convida jovens a serem «bons construtores da casa comum», com paz, justiça e fraternidade
Aveiro, 15 dez 2022 (Ecclesia) – O bispo de Aveiro afirma que o Natal «comporta o desafio» das pessoas deixarem-se “envolver pelo amor de Deus, de tornar o coração, o mundo, um lugar para todos”, assinalando que “é preciso reaprender a viver o espírito natalício”.
“O Natal é, portanto, ponto de encontro de Deus connosco e de encontro entre as pessoas. Coloca-nos diante do rosto de um Menino que vem para nos salvar com a sua proximidade. Este Menino nascido em Belém é o sinal que nos indica o caminho e o sentido da própria vida”, explica D. António Moiteiro.
Na mensagem enviada hoje à Agência ECCLESIA, o bispo de Aveiro afirma que o Natal “comporta o desafio” das pessoas deixarem-se “envolver pelo amor de Deus, de tornar o coração, o mundo, um lugar para todos”, e alerta para as crianças e idosos rejeitados e maltratados, os jovens que “perderam o rumo na vida”, pobres e explorados, imigrantes e refugiados.
“Este amor não só o faz conhecer, mas dá-o, comunica-o. Ele escolheu habitar a nossa história como é, com o peso dos seus limites e dos seus dramas”, acrescenta, destacando que “é preciso reaprender a viver o espírito natalício”.
Aos jovens, o bispo de Aveiro incentiva a deixarem-se “interpelar e convocar”, a não terem medo de irem à “’fonte’ que pode saciar as vidas”, realçando que a humanidade aspira à alegria da paz: “Sede bons construtores da casa comum, onde haja paz, justiça e fraternidade”.
“O Emanuel, Deus connosco, quer nascer na nossa Diocese de Aveiro, nas nossas comunidades; preparemo-nos, com humildade e simplicidade, apagando todos os gestos de violência e todos os sinais de dureza do nosso coração, dispondo-nos para receber o dom da alegria e da paz que irradiam deste mistério.”
Na mensagem de Natal, intitulada ‘festa do encontro para todos’, D. António Moiteiro explica que os pastores, “iluminados em plena noite”, e também os Magos, foram ao encontro de Jesus, salientando que “os que O procuram encontram-no, mas não no bulício das luzes e das multidões”.
“Encontramo-lo na simplicidade do Presépio. Ali está a «Palavra» e o sentido de todas as coisas. É preciso aprender a contemplar, neste quadro vivo, a grande família humana e a dar lugar ao outro”, refere, lembrando que “sem Jesus, não há Natal”.
“Dizemos que o Natal é, por excelência, a festa da família, lugar de manifestação da vida e do amor que vêm de Deus. Vida com sentido e em todas as etapas da vida humana: desde o nascimento até à morte natural; A missão dos pais é a de ser expressão do rosto de Deus na vida dos filhos.”
D. António Moiteiro assinala que “uma vida simples é sinal de partilha”, e na sua mensagem lembra que, nestes meses de visita pastoral, encontrou alunos de mais de 30 nacionalidades diferentes nas escolas, e para eles também é Natal e na diocese são “as testemunhas desse Emanuel que se fez um de nós”.
CB/