Natal: Bispo de Viseu lembrou todas as crianças que «sofrem e são perseguidas»

D. António Luciano pediu a partilha com o «povo sofrido e aflito» da Ucrânia, o pão e a esmola

Viseu, 26 dez 2022 (Ecclesia) – O bispo de Viseu lembrou as crianças na sua homilia do Dia de Natal, destacando que “são sempre seres frágeis e vulneráveis”, que precisam de proteção e segurança, os efeitos da pandemia Covid-19, e a guerra na Europa.

“Lembremos no Natal de Jesus todas as crianças que sofrem e são perseguidas por causa da maldade humana”, disse D. António Luciano, este domingo.

Na homilia do Dia de Natal, enviada à Agência ECCLESIA, o bispo de Viseu explicou que a contemplação do Menino Jesus ajuda cada um, e de modo especial as crianças e os jovens, “a entender a fragilidade e a fraqueza da vida humana”.

“No Menino de Belém está presente a natureza humana com todas as suas possibilidades e limitações, exceto no pecado”, acrescentou, lembrando que o Papa Francisco afirmou que na Ucrânia “as crianças carregam a tragédia de uma guerra desumana”.

“A persistência de uma guerra sangrenta sem explicação racional entre os povos da Rússia e da Ucrânia, provoca o caos, o sofrimento e a morte de tantos inocentes. Não podemos esquecer as consequências da pobreza mundial, da carestia dos bens essenciais para viver e da insegurança da guerra e conflitos entre os povos.”

Segundo D. António Luciano, Deus não pode ser indiferente ao cenário “de miséria, de dor, de fome, de guerra e de morte”, porque “é um Deus de paz” e por isso deu o seu filho Jesus Cristo, “o Príncipe da Paz”.

O bispo de Viseu salientou que a luz brilhou na noite santíssima de Natal para “dissipar as densas trevas”, que envolvem a humanidade hoje e que hoje as consequências da pandemia Covid-19, que “levou tantas pessoas à morte e fragilizou as famílias, empobrecendo a sociedade”.

Na sua homilia, o responsável diocesano observou que o mundo vive ainda outras experiências de guerras, conflitos e divisões entre famílias, povos e nações, “onde a violência o ódio e a inveja continuam a matar o coração da pessoa humana”.

“Situações humanas dramáticas que destroem a paz, a concórdia, o desenvolvimento e a harmonia entre os povos da terra. O Natal é sempre a festa da vida nascente de um Menino, Filho unigénito de Deus, que se fez homem para nos salvar”, desenvolveu.

O bispo de Viseu terminou a sua homilia do dia de Natal com votos de um Santo Natal de Jesus para todos, “para as famílias, os pobres, os doentes, os reclusos, os imigrantes e para todos aqueles que no serviço cuidam da humanidade”.

Na noite anterior, na Missa da Meia-Noite, D. António Luciano explicou que Jesus nasceu na manjedoura para “ensinar o caminho da proximidade, do despojamento, da pobreza e da humildade, que conduz a Deus”, e que veio ao mundo para “ser solidário, por isso é chamado o Emanuel”.

“Deus entra na história da humanidade com simplicidade e humildade ao assumir a natureza humana revela-se sem fazer barulho e longe do olhar curioso da multidão; Natal é acreditar num tempo novo, num mundo novo”, referiu.

O bispo de Viseu afirmou que todos têm “um lugar especial no presépio”, onde se aprende a “grande lição do despojamento, da amabilidade, do silêncio, da vida e do louvor”, e pediu para rezar pela paz na Ucrânia e partilhar “com este povo sofrido e aflito o pão e a esmola”.

CB

 

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