Natal: Bispo da Guarda apela a reforço da solidariedade

Mensagem de D. Manuel Felício alerta para impacto da desertificação na região

Foto: Liliana Carona/RR

Guarda, 17 dez 2021 (Ecclesia) – O bispo da Guarda apresentou esta quinta-feira, em conferência de imprensa, a sua mensagem para o próximo Natal, apelando a um reforço da solidariedade, nesta quadra.

“[O tempo de Advento e o Natal] convidam-nos a fortalecer a atitude da escuta, para ouvirmos e tentarmos compreender tantos dramas instalados à nossa volta, como é o caso de famílias desfeitas ou gente que perdeu o gosto de viver”, referiu D. Manuel Felício, citado pela Rádio Renascença.

“Temos obrigação de nos cuidar uns aos outros”, acrescentou.

O responsável deu exemplos de situação de carência na região, falando em estudantes do Instituto Politécnico da Guarda que dependem do Banco Alimentar.

O bispo da Guarda aludiu ainda ao impacto da desertificação, comentando os dados dos Censos 2021.

“Os últimos Censos revelaram grandes constrangimentos, somos menos em média, entre 5% e 10%, com a agravante de ainda serem bastante menos percentualmente os que trabalham e podem garantir a natalidade que nos falta”, indicou.

D. Manuel Felício aludiu à necessidade de promover “oportunidades transfronteiriças” para inverter a tendência.

“Devem ser criadas condições, nomeadamente de emprego, que permitam fixar aqui pessoas em atividade profissional, famílias com os seus filhos e outros que possam vir a ter, a fim de nós termos mais pessoas que nos faltam”, sustentou.

No encontro com os jornalistas, D. Manuel Felício lamentou que expressões religiosas e tradições de fé sejam desvalorizadas na “sociedade laica”.

“Quando queremos nivelar as coisas de tal maneira que desfaçamos todas as identidades, estamos a destruir as pessoas e os ambientes”, advertiu, falando um silenciamento das “convicções mais profundas das pessoas”.

OC

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