Não esquecer o Ano Europeu das Pessoas com Deficiência

Encontro realizado em Setúbal sobre esta temática Com o final do Ano Europeu das Pessoas com Deficiência à porta, a Cáritas de Setúbal, juntamente com o Secretariado Diocesano da Pastoral Familiar, realizou, nos dias 13 e 14 de Dezembro, naquela cidade umas jornadas socio-pastorais sobre Pessoas com deficiência. Uma das oradoras, Cristina Louro referiu aos participantes que as estatísticas, em Portugal, sobre esta temática “são muito relativas”. Basta comparar a diferença existente entre os Censos de 2001e os dados fornecidos pela Eurostat, Gabinete da Comissão de Estatísticas da União Europeia. Na sua conferência, Cristina Louro não focalizou a questão das “deficiências severas” na Península de Setúbal mas em todo o país. Sobre os deficientes referiu que “não estão esquecidos” porque, no nível nacional, “temos muitas respostas institucionais”. O problema central está “na aceitação destas pessoas como membros da sociedade”. E acentua: “quando vimos uma pessoa com uma deficiência severa, mental ou física temos a tendência de a rejeitar”. O trabalho “mais importante” é a “inserção na sociedade civil” destes homens e mulheres portadores de deficiência. Com a celebração deste Ano Europeu, Cristina Louro considera que “se deram passos importantes na informação e sensibilização da opinião pública” porque todas as pessoas “começaram a interessar-se pela causa da deficiência”. E recorda que o Ano de 1981, também dedicado a esta temática, ficou esquecido porque nessa altura “tudo eram respostas de protecção social”. Hoje, “é uma questão de direito”. As instituições da Igreja Católica têm uma “responsabilidade especial e acrescida” com estas pessoas. Um dever de “ser solidários com os seus congéneres” que passa “pela eliminação das barreiras arquitectónicas e da constituição de um corpo de voluntários” que ajudem essas pessoas. Se os deveres das instituições Católicas foram sublinhados, Cristina Louro não esqueceu “o trabalho notável” feito por muitas destas instituições. E cita o exemplo da “Obra dos Irmãos de S. João de Deus”. Para Odete Costa, do Secretariado da Pastoral Familiar de Setúbal, a família “é um espaço de aprendizagem” onde se pode “fazer o caminho de descoberta e de desenvolvimento”. E adianta que as pessoas com deficiência “devem ser acolhidas e respeitadas” no seio familiar.

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