Ministério da Educação limita inscrições nas escolas católicas

Responsável pela Escola Católica reflecte sobre educação privada Em início de ano lectivo a turbulência que o ensino vive, em relação a professores, número de alunos nas turmas e fecho de escolas não se reflecte de uma maneira geral no ensino particular ou católico. O projecto educativo nestas escolas já está previamente definido, aponta Acácio Lopes, representante da Escola Católica, e professor no Externato de Penafirme, Escola Diocesana do Patriarcado de Lisboa. “O ensino nas escolas católicas é baseado no evangelho” afirma, “não há separação entre a opção religiosa e a opção de vida em geral” esclarece, pautando todo o ano lectivo por esta constante. “Do ponto de vista curricular somos obrigados a seguir os currículos nacionais. O modo como os temas e as estratégias pedagógicas são implementadas é que terão uma marca específica, interpretada à luz da fé cristã”. Não quer com isto dizer que todos os agentes educativos nessas instituições expressem a fé cristã, “mas pelo menos que não ofereçam resistência, mesmo que não a professem” refere. A procura para as inscrições escolares no Externato de Penafirme é sempre grande, refere o Professor Acácio Lopes. As escolas particulares ou católicas que tenham um contrato de associação com o Ministério de Educação (ME) e que se localizem em zonas em que as escolas civis não consigam dar resposta ao universo escolar, têm uma maior procura. Mas este ano, refere, “o ministério, pelo facto de as escolas estatais estarem a ficar com menos alunos, não autorizou a abertura de turmas nas escolas particulares para obrigar os alunos a irem para as escolas do estado” aponta. E manifesta um maior clima de rigor, exigência, seriedade e acompanhamento maior nas escolas particulares do que nas estatais. “Embora não se possa generalizar, o clima de proximidade e acolhimento é maior nas escolas particulares”. E acrescenta que em termos de educação “no sentido global, não há dúvidas quanto à maior qualidade do ensino particular”. Os contratos estabelecidos com o ME seguem várias regras segundo regulamento próprio. “E consoante o plano de actividades há um acréscimo de verba. E é com esta verba que as escolas têm de se sustentar, porque não pode pedir dinheiro aos alunos”. O responsável pelo Escola Católica afirma que “embora o ME não publique o custo do aluno por ano no ensino publico, todos os estudos parcelares já realizados, apontam para que o aluno nas escolas com contrato de associação seja mais barato que nas escolas públicas” acrescentando que “o estado poupa muito dinheiro quando faz contratos com escolas particulares”. Acácio Lopes não tem dúvidas quanto ao benefício em seleccionar os professores para o ensino estatal como decorre para o ensino particular, ou seja, não sujeitos a concurso nacional. “Os professores seriam colocados atempadamente, estariam mais identificados com o ambiente sócio cultural em que as escolas se inserem, seriam mais responsabilizados por falhas ou faltas quer a nível pedagógico ou laboral” reflecte, apontado que o modelo de concurso público “não responsabiliza ninguém”.

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