Programa prevê encontro com responsáveis religiosos e celebração de festa com os jovens
Lisboa, 16 fev 2016 (Ecclesia) – O Papa Francisco deixou hoje a capital do México rumo à cidade de Morelia, no Estado de Michoacán, localizada no coração geográfico do país, que vive de forma particular os problemas ligados ao narcotráfico e criminalidade organizada.
O programa deste penúltimo dia de visita, iniciada na noite de sexta-feira, inclui uma Missa com membros do clero e institutos religiosos, no estádio ‘Venustiano Carranza’, uma visita à catedral, com a presença de responsáveis de outras Igrejas cristãs, e o encontro com os jovens, no estádio José María Morelos y Pavón’.
A capital do Estado de Michoacán foi o primeiro alvo da chamada “guerra contra o narcotráfico” que o antigo presidente Felipe Calderón lançou em 2006.
Um grupos mais violentos são os chamados ‘Zetas’, entre outros cartéis que têm lançado o terror sobre a população, alvo de sequestros, execuções sumárias e violações.
A intervenção do governo federal no local tem sido alvo de críticas de vários grupos de defesa dos Direitos Humanos.
No início de 2013, um grupo de agricultores e criadores de gado lançou o que denominaram como grupos de “autodefesa”, para fazer justiça pelas suas próprias mãos.
O líder destes grupos, José Manuel Mireles Valverde, escreveu ao Papa para pedir a amnistia ou um julgamento no prazo mais breve de 380 dos elementos que se encontram detidos.
Outro assunto que volta a estar na agenda do Papa são as populações indígenas: na Missa com os religiosos vão ser entoados cânticos e leituras em língua purépecha; o altar também vai estar decorado com trabalhos típicos dos mesmos purépecha.
À tarde, na visita à Catedral, onde Francisco vai receber as chaves da cidade de Morelia, marcarão presença 14 reitores de Universidades mexicanas e seis líderes de outras confissões cristãs, além de uma centena de crianças que se preparam para a Primeira Comunhão.
O último compromisso do dia será o encontro com cerca de 50 mil jovens.
OC