Media: Rádios de inspiração cristã são as mais próximas das populações

ARIC assinala 20 anos com seminário e lançamento de livro

Lisboa, 01 jun 2011 (Ecclesia) – O presidente da Associação das Rádios de Inspiração Cristã (ARIC) considera que as suas associadas estão mais próximas das populações do que as emissoras que não se baseiam nas mesmas convicções.

Em declarações prestadas hoje à Agência ECCLESIA, Nuno Inácio atribui esta preferência, comprovada por “estudos de audiência”, à convicção de que os portugueses “são na maioria cristãos”.

“Se partilhamos os mesmos princípios dos nossos ouvintes, é natural que eles estejam mais próximos de nós”, destacou o presidente da assembleia-geral da Rádio Voz de Alenquer.

A associação evoca esta tarde, em Lisboa, as duas décadas de existência com o colóquio ‘20 anos ao serviço das Rádios Locais’, que inclui a apresentação do livro com o mesmo título, de Joaquim Sousa Queirós e prefácio de Alberto Arons de Carvalho, ex-secretário de Estado da Comunicação Social.

Nuno Inácio recordou que a ARIC nasceu em 1991, seis anos após o aparecimento das emissoras ditas “piratas”, quando “algumas estações locais, ligadas na maioria à Igreja Católica, passaram por dificuldades e se aproximaram da Rádio Renascença, em busca de alternativas de futuro”.

“A Renascença decidiu então formar uma associação de rádios de inspiração cristã, proporcionando-lhes apoio técnico e formação, que teve efeitos a médio prazo”, lembrou o responsável, sublinhando que a plataforma “passou das 30 emissoras em 2001 para as atuais cerca de 70, no continente e ilhas”.

A ARIC é uma “associação de empresários”, mas com uma diferença “substancial”: um espírito de entreajuda que se mantém até hoje, a começar pela partilha de conteúdos entre todas as associadas”, referiu.

O número de estações pertencentes à ARIC permite também que a associação beneficie de protocolos que as emissoras, enquanto entidades isoladas, não poderiam obter, salientou Nuno Inácio, de 30 anos.

A crise económica está a afetar também as emissoras: “Num momento em que as rádios têm dificuldades em captar investimento publicitário, isso reflete-se no cumprimento das suas obrigações”, explicou o responsável, que desdramatiza a situação.

“Hoje há dificuldades de tesouraria que não existiam há três anos, mas os índices publicitários são melhores do que há doze meses”, assinalou Nuno Inácio, acrescentando que “já houve tempos melhores no associativismo mas a ARIC tem conseguido ter uma vida razoavelmente equilibrada”.

O responsável, que aos seis anos se estreou na emissora que dirige, realçou que “a rádio local continua a ser, como o foi desde o seu arranque em Portugal, o meio de comunicação mais próximo do ouvinte e o único que garante a chegada da informação ao momento”.

O seminário ‘20 anos ao serviço das Rádios Locais’ realiza-se às 18h30 na Universidade Católica (edifício da Biblioteca João Paulo II, Sala de Exposições).

RM

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