Mais e melhores voluntários para Portugal

Lisboa, 04 Fev (Ecclesia) – A presidente do Conselho Nacional para a Promoção do Voluntariado, Elza Chambel, espera que 2011 seja um ano em que haja “mais e melhores voluntários” em Portugal

No arranque do Ano Europeu do Voluntariado (AEV), esta responsável referiu à ECCLESIA esperar que “todos os dias haja uma pessoa contagiada” por esta dinâmica.

Elza Chambel, da coordenação nacional do AEV, sublinha que o voluntariado “não tira postos de trabalho”, mas “complementa” os mesmos, por ser “gratuito, afectivo, competente e qualificado”.

“Esta é, talvez, a forma mais organizada de participação na cidadania”, complementa.

O Fórum Picoas, em Lisboa, é a capital do voluntariado em Portugal, de 3 a 9 de Fevereiro, recebendo mais de uma centena de eventos, com entrada livre das 12h00 às 20h00.

A «Volta do Voluntariado» inclui perto de 20 conferências, a presença de cerca de uma centena de instituições e, a cada meia hora, testemunhos de voluntários.

Fernanda Freitas, presidente do AEV, considera que o ambiente de crise e dificuldades económicas pode vir a ser um “estímulo” para as acções voluntárias.

“O voluntariado pode e deve ser encarado como solução”, refere, frisando que “muitas vezes é não ter ninguém com quem falar”.

Margarida Marques, chefe da representação da Comissão Europeia em Portugal, lembra que “o objectivo dos anos europeus é promover o debate em torno de uma problemática”.

Quanto ao voluntariado, escolhido para 2011, esta responsável diz que há “vários aspectos que a Comissão Europeia está interessada em discutir”, a começar pela necessidade de “mobilizar as pessoas”.

“O objectivo é aumentar a participação”, assinala.

Para Margarida Marques, o voluntariado pode beneficiar, por exemplo, “jovens à procurar do primeiro emprego”, que muitas vezes não têm qualquer experiência profissional.

“O facto de terem participado numa acção de voluntariado, de, na prática, terem feito um trabalho profissional, leva a que possam apresentar isso como integrando as suas competências”, precisa.

No Tratado de Lisboa, prevê-se a criação de “um serviço voluntário europeu para a ajuda humanitária”, lembra esta responsável, desejando que o mesmo congregue “pessoas efectivamente formadas” para o trabalho em situações de catástrofe.

Susana Queiroga, do Instituto de São João de Deus, que integra a presidência da Confederação Portuguesa do Voluntariado, espera que o AEV possa dar “visibilidade às diversas formas de voluntariado que se fazem em Portugal”.

“Nem toda a gente está desperta para esta área”, alerta, destacando a importância de fazer passar esta mensagem junto das novas gerações.

No mesmo sentido se pronuncia Fernanda Freitas, para quem “as escolas podem perfeitamente ser uma alavanca para que todos sejam voluntários”.

A presidente do AEV adianta que a «Volta do Voluntariado» em Portugal vai passar por outras cidades, ainda que não nos mesmos moldes da capital, com “dinâmicas proporcionais” a cada zona.

No dia 27 de Novembro de 2009, o Conselho de Ministros da União Europeia declarou oficialmente 2011 como «Ano Europeu das actividades voluntárias que promovam uma cidadania activa».

LS/OC

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