Madeira: Diocese celebrou 500º aniversário

Missa no Estádio dos Barreiros foi presidida pelo cardeal Fernando Filoni, enviado especial do Papa

Funchal, Madeira, 15 jun 2014 (Ecclesia) – O cardeal Fernando Filoni, enviado especial do Papa ao Funchal, presidiu hoje à Missa que encerrou a semana de celebrações do 500.º aniversário da diocese madeirense, evocando a sua importância na expansão missionária católica.

“Não posso esquecer que a Diocese do Funchal desempenhou, durante estes cinco séculos, um papel muito importante no apoio à obra missionária, encontrando-se na rota para as Índias e África, então consideradas terras distantes, onde era necessário levar o Evangelho”, declarou o prefeito da Congregação para a Evangelização dos Povos (Santa Sé), perante milhares de pessoas reunidas no Estádio dos Barreiros.

Vários bispos, representantes das dioceses que nasceram a partir do Funchal no século XVI, e entidades oficiais marcaram presença na celebração de encerramento da Semana Jubilar dos 500 anos da diocese, antecedida por uma coreografia sobre a história da Igreja Católica na Madeira, interpretada por cerca de mil crianças e jovens.

D. Fernando Filoni agradeceu às comunidades do arquipélago por terem “ajudado e apoiado milhares de missionários que passaram nestes ilhas antes do grande salto, com os navios da época, para a América, África e Ásia”.

“O Funchal desempenhou, naqueles tempos heroicos das missões, a importante tarefa, como escreveu o Papa Leão X na sua Bula de instituição da Diocese, de 12 de Junho de 1514, ‘Pro excellenti praeminentia’ (isto é: pela extraordinária importância) em apoio à ação missionária da Igreja para as novas Terras que eram então abertas ao conhecimento e ao comércio”, acrescentou.

O responsável da Cúria Romana afirmou que “não há nada mais significativo na vida de um cristão e de uma Igreja do que a sua própria vocação missionária”, apelando a um “testemunho coerente numa sociedade multicultural em crise de valores morais e espirituais, em particular esta, caracterizada pelo fenómeno do turismo e pelas migrações”.

“O amor eclesial deve sair de si mesmo e doar-se aos outros. Em primeiro lugar, àqueles que não conhecem o amor de Deus, ou dele se encontram afastados, ou não se sentem humanamente dignos de serem amados, porque se sentem pecadores”, destacou o cardeal Filoni, antes de proferir uma oração aos padroeiros da diocese, Nossa Senhora do Monte e São Tiago.

“Olhai para esta Diocese que é vossa; velai pelos nossos emigrantes e quantos nos acompanham através da televisão, da rádio e da internet; abençoai e protegei todas as famílias, na sua união e fidelidade; abençoai e protegei as crianças e os jovens, os idosos, os doentes, os pobres, os desempregados, todos os que perderam a coragem de sonhar e de acreditar em Deus e nos homens. Que não lhes falte a saúde, a paz e a concórdia, o trabalho, o ânimo e a alegria da fé e da esperança para a vida de cada dia”, rezou.

D. António Carrilho, bispo do Funchal, deixou uma palavra de saudação aos participantes na Missa, destacando os frutos de “cultura, cidadania e solidariedade” que o Cristianismo deixou na Madeira, “no anúncio do Evangelho, no amor solidário aos mais pobres e aos doentes, no desenvolvimento cultural e no campo educativo”.

OC

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