Lisboa: Vigília pela paz mostrou «preocupação» dos moçambicanos pelo seu país

Celebração decorreu este domingo na Igreja de São Tomás de Aquino

Lisboa, 23 mai 2016 (Ecclesia) – A Igreja de São Tomás de Aquino, em Lisboa, acolheu este domingo uma vigília de oração pela paz em Moçambique.

Numa nota publicada na sua página online, a Fundação Ajuda a Igreja que Sofre, uma das entidades promotoras do evento, destaca a participação da comunidade portuguesa e também de vários moçambicanos que aproveitaram a ocasião para expressar “preocupação pelo clima de enorme instabilidade que se vive no seu país”.

Presidida pelo pároco de São Tomás de Aquino, o padre Nélio Pita, a vigília envolveu ainda a Comunidade de Santo Egídio, outra instituição atualmente empenhada ” na “construção da paz” naquele país lusófono.

Antes do início da celebração, foi lido um comunicado dos bispos moçambicanos em que estes sublinham a necessidade de “calar as armas” e de “um diálogo eficaz” que possa pôr “fim às hostilidades” entre o Governo e a Renamo.

Para os responsáveis católicos, é lamentável que “o povo moçambicano continue a sofrer” devido a uma “guerra absurda” .

Por causa do arrastar do conflito entre o partido no poder (Frelimo) e as forças da Renamo opostas ao regime, Moçambique é atualmente uma nação quase “paralisada”, pode ler-se.

“Não há investimentos, os países apoiantes retiram o apoio, o turismo está a enfraquecer cada dia mais, as pessoas não podem viajar em segurança, a economia dá mostras de colapso (…) Onde queremos chegar?”, questionam os responsáveis católicos, que recordam ainda os “11 mil moçambicanos refugiados” e as “36 mil crianças e jovens que estão sem estudar”.

“As duas guerras passadas ceifaram as vidas de mais de um milhão de moçambicanos. Basta de guerra! Em nome de Deus pedimos: trabalhemos todos pela paz, a começar pelas autoridades do Governo e dos partidos políticos”, exortam os prelados.

Este domingo foi feita uma “coleta” especial que será “encaminhada para a Cáritas nacional” e servirá depois para apoiar as necessidades dos refugiados moçambicanos, deslocados sobretudo para o vizinho Malawi.

JCP

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