Lisboa: Servas de Nossa Senhora de Fátima abriram «centro de conhecimento», com proposta para todas as pessoas

«Não queremos abrir a nossa casa só por abrir» – Irmã Mafalda Leitão

Lisboa, 26 set 2022 (Ecclesia) – As Servas de Nossa Senhora de Fátima (SNSF) inauguraram o segundo espaço ‘Luiza Andaluz Centro de Conhecimento’, agora na Casa de São Mamede, em Lisboa, lugar de acolhimento e partilha com todas as pessoas da sua vida e missão.

“Abrimos esta casa a todas as pessoas, à cidade de Lisboa, e a quem quiser vir”, disse a irmã Mafalda Leitão, em declarações à Agência ECCLESIA.

O segundo espaço onde ‘Luiza Andaluz Centro de Conhecimento’ fica na Casa de São Mamede, no número 100 da Rua da Escola Politécnica, em Lisboa, entre o Príncipe Real e o Largo do Rato.

“É mesmo a nossa casa, continuamos a viver aqui, esta casa é a sede do governo-geral, é aqui que também estão sediadas muitas outras estruturas da congregação”, explica a irmã Mafalda Leitão.

A ‘Casa de São Mamede’ foi adquirida pela fundadora das Servas de Nossa Senhora de Fátima (SNSF), Luiza Andaluz, para ser a sede da congregação e do noviciado, em 1934; ao longo dos anos foi casa de retiros, sede dos Cursilhos de Cristandade, mas com o evoluir da congregação as religiosas foram ocupando “toda a casa” e, agora, chegou a altura de reorganizarem e partilharem com todos a sua vida, e a sua missão.

“Não queremos abrir a nossa casa só por abrir, nem só porque é um palacete do final do século XIX de Lisboa, e só por si é bonito ver, mas já que quem quer ver casas bonitas veja com conteúdo”, realçou a entrevistada.

No novo ‘Luiza Andaluz Centro de Conhecimento’ as religiosas têm “alguns painéis de comunicação, com uma linha histórica”, quiseram destacar “uma Luiza fundadora, uma mulher empreendedora, uma mulher ativa”.

Segundo a irmã Mafalda Leitão, a casa pode ser requisitada para eventos, reuniões, convívio e formação, é lugar também para mostrar a congregação “hoje, a expansão”, os diversos países onde estão estas consagradas e, para além de um painel físico, também vão fazer “a ligação, algumas vezes em direto, com as atividades das comunidades nos diferentes países” onde estão presentes: Portugal, Bélgica, Luxemburgo, Brasil, Guiné-Bissau e Moçambique.

Neste contexto, “pelo menos uma vez por mês”, vão ter “programação própria”, em outubro, vão assinalar 50 anos da bênção de Luiza Andaluz ao “primeiro grupo de irmãs que partiu para a primeira missão fora de Portugal, para o norte de Moçambique”, e com ligação ao país lusófono.

A ‘Casa de São Mamede’, realça ainda a irmã Mafalda Leitão, tem “dois espaços muito importantes”, a capela e o quarto onde Luiza Andaluz “viveu até morrer, em 1973”, que também é visitável, mas “mais reservado, mais de silêncio, de oração, mais espiritual”.

O novo espaço ‘Luiza Andaluz Centro de Conhecimento’ abriu as portas este sábado, dia 24 de setembro, e, na véspera, as SNSF deram início às comemorações do centenário da sua fundação, que celebram a 15 de outubro de 2023.

A irmã Mafalda Leitão contextualiza que o dia 23 de setembro é “especial”, por ser a data em que Luiza Andaluz chegou ao Carmelo de Echavacoiz, em Pamplona (Espanha), onde vivia a sua irmã, “percebendo que Deus a chama a fundar a congregação”, aos 46 anos de idade.

Este ‘Luiza Andaluz Centro de Conhecimento’ liga-se com outro que as Servas de Nossa Senhora de Fátima inauguraram em abril, em Santarém, “onde Luiza nasceu e onde a congregação foi fundada”.

Luiza Maria Langstroth Figuera De Sousa Vadre Santa Marta Mesquita e Melo (1877-1973) nasceu a 12 de fevereiro de 1877, no Palácio Andaluz em Marvila (Santarém), no seio de uma família abastada; tirou o diploma de professora primária e, em 1923, abriu o Colégio Andaluz, instituição que continua através do Politécnico de Santarém.

HM/CB/OC

Igreja/Sociedade: Servas de Nossa Senhora de Fátima inauguram centro de conhecimento em Lisboa

 

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