Lisboa: Patriarcado convida jovens dos 18 aos 30 anos a viver um ano de missão, ao serviço das comunidades paroquiais

Projeto ‘Missão Agora’ é inspirado na vivência da JMJ Lisboa 2023 e baseia-se em quatro dimensões: oração, comunidade, formação e missão

Missão Agora

Lisboa, 16 abr 2024 (Ecclesia) – O patriarcado de Lisboa desenvolveu um novo projeto juvenil missionário que desafia jovens dos 18 aos 30 anos a viver um ano de missão ao serviço das comunidades paroquiais da diocese, com base em quatro pilares.

“Nós vemos que na Páscoa, Cristo encontra-se com os seus Apóstolos e das primeiras coisas que lhes diz é o envio, é que partam, é que anunciem. E é isso que nós também estamos a tentar propor aos jovens da diocese, mas também a outros que possam querer participar, que possam também correr este risco de se encontrar com Cristo e partir em missão”, afirmou o padre Bernardo Trocado, diretor do serviço de animação vocacional do patriarcado de Lisboa.

“Missão Agora” vai reunir 12 jovens, enviados pelo patriarca, que durante um ano vão viver juntos numa casa, em comunidade, e que ajudados pela regra de vida terão o seu dia-a-dia centrados na oração, na formação e no serviço a algumas paróquias, para onde partem diariamente dois a dois.

Oração, comunidade, formação e missão são as quatro dimensões do projeto, que pretende estender e aprofundar as experiências vivenciadas durante a Jornada Mundial da Juventude Lisboa 2023, integrando-as na vida quotidiana e no serviço ativo das comunidades locais.

“Tendo nós vivido aqui neste verão um encontro tão forte, uma experiência tão extraordinária de Igreja, a resposta e o fruto que tinha de sair daí tinha de ser também um fruto missionário, sem dúvida”, assinala o padre Bernardo Trocado.

A organização refere que os jovens vão viver centrados no ritmo de oração pessoal e comunitária: “Farão uma iniciação à vida de oração. Ser-lhes-á proposta uma disciplina de vida de modo a alimentarem uma relação viva com Jesus Cristo, pessoalmente e em comunidade, nas rotinas diárias e em alguns momentos mais acentuados de silêncio”.

“Será também uma experiência de formação. Os missionários terão também ao longo do ano de missão algumas oportunidades para receberem formação no seu desenvolvimento pessoal, formação teológica também, formação especificamente para a própria missão”, adianta o responsável do serviço de animação vocacional do patriarcado de Lisboa.

A ‘Missão Agora’ tem também a vertente comunitária, levando os jovens a realizar “a experiência que também os primeiros discípulos fizeram, que viviam em comum”.

No que toca à dimensão da missão, os jovens vão partir todos os dias, dois a dois, para algumas comunidades paroquiais da diocese, “onde depois estarão aí ao serviço do que for necessário”, refere o padre Bernardo Trocado.

“Escutando a realidade, os outros e o pároco, entregar-se-ão onde for necessário: cuidado dos mais pobres, no acompanhamento das crianças, jovens e adolescentes nas catequeses, mesmo na evangelização e anúncio de Cristo, simplesmente estando presentes a cuidar das relações fraternas da comunidade, ajudando no serviço litúrgico, etc”, salienta uma nota da organização.

Segundo o padre Bernardo Trocado, a ‘Missão Agora’ “não é uma incubadora apenas para algum tipo de vocações”, nomeadamente sacerdotais ou religiosas.

“Nós queremos propor e oferecer uma experiência forte de comunidade, de Igreja e de encontro com o Senhor. E a partir daí o Espírito Santo há de tocar o coração de cada jovem missionário e há de suscitar essas perguntas vocacionais e a partir daí darão a resposta que o Senhor assim entenderá”, sustentou.

Padre Bernardo Trocado

As inscrições para participar no projeto já se encontram abertas e nele também podem participar todos aqueles que estejam distantes da Igreja; a sessão de apresentação do projeto decorre esta quarta-feira, às 21h00, na paróquia de São Mamede Lisboa, junto à estação de metro do Rato, que serve também para responder às perguntas dos interessados.

“Nós vamos propor uma formação inicial, que acontecerá todas as semanas, a partir de 17 de abril, e será até mais ou menos ao mês de junho para formarem uma decisão de partir” em missão, esclarece o responsável.

“E depois, em setembro, haverá mais um novo bloco de formação para aqueles que já decidiram partir em missão, para poderem conhecer também as comunidades paroquiais onde estarão a fazer missão, poderem também receber algumas linhas orientadoras do que será a vida em comunidade, para que depois, em outubro, possam efetivamente começar esta missão”, desenvolveu.

O envio é feito em outubro e a missão decorre até junho de 2025, com a possibilidade de participação em algumas atividades paroquiais ainda em julho, mesmo que a missão já tenha terminado oficialmente.

“Acreditamos mesmo que estes jovens missionários, não sendo muitos, poderão ser um sinal forte na nossa diocese, na nossa sociedade, poderão ser uma espécie de fermento na massa que poderão estimular outros cristãos também a redescobrirem o sentido missionário da sua presença na Igreja e na sua ação no mundo também”, manifestou o padre Bernardo Trocado.

A apresentação do projeto ‘Missão Agora’ esteve em destaque no Programa ECCLESIA de hoje, transmitido pelas 15h00, na RTP2.

LS/LJ/OC

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