Lisboa: Missa na TV e redes sociais? Departamento da Liturgia deixa recomendações às famílias

Preparação do local, silêncio e manutenção dos gestos habituais são algumas das sugestões

Foto: Ben White

Lisboa, 03 abr 2020 (Ecclesia) – O Departamento da Liturgia do patriarcado de Lisboa publicou sugestões, dirigidas às famílias para que, em casa, possam participar nas celebrações da Semana Santa e do Tríduo Pascal.

O departamento sugere a preparação do local, onde vai acontecer a participação na celebração, “com uma vela e uma cruz junto ao meio de comunicação através do qual ocorre a transmissão litúrgica”, preparando o espaço e preparando-se cada pessoa.

Antes da celebração litúrgica fazer um momento de silêncio, ou de partilha em família, para tomar consciência de que se vai participar numa celebração dos mistérios litúrgicos, identificando: o que é que eu agradeço ou o que é que eu ofereço nesta celebração? O que é que eu vou colocar no altar para oferecer a Deus? Quais as intenções de cada um, ou da família, que oferecemos a Deus neste momento que iremos celebrar desta forma excecional?”.

O departamento sugere que durante a celebração litúrgica em casa, se mantenham os gestos habituais, “tal como se se estivesse na igreja”: o sentar, o ajoelhar, o levantar.

“É importante dar valor ao silêncio para interiorizar a Palavra de Deus e, depois da Comunhão de quem preside, cada um ou em família, fazer um ato de comunhão espiritual. Escolher previamente, cada um ou em família, a oração para fazer essa comunhão espiritual. Ou, então, fazer a oração de comunhão espiritual sugerida por quem preside à liturgia eucarística”, indica o departamento.

É ainda sugerido um “breve tempo em oração individual, ou fazer um momento de partilha em família” após a missa terminar, favorecendo a reflexão sobre “o que a Palavra de Deus suscitou no coração de cada um”.

Recordando a sugestão do catecismo da Igreja Católica, o Departamento de Liturgia aconselha a criação de um “pequeno «recanto da oração»”, com dignidade e recolhimento, onde “se coloca a Bíblia aberta, a imagem do crucifixo, um ícone/imagem da Virgem Maria, uma vela para acender no momento oportuno, se possível sobre uma toalha branca”.

É ainda sugerido a colocação de um crucifixo em destaque, durante a celebração da Paixão, na Sexta-feira Santa, para “acompanhar a “oração em família e a transmissão da celebração litúrgica”.

“A participação nesta transmissão deve iniciar-se de joelhos, em silêncio. O momento da Adoração da Santa Cruz deve acontecer em silêncio, fazendo uma genuflexão diante do único crucifixo presente”.

No Domingo de Páscoa, é sugerida a colocação de uma “vela, se possível com uma dimensão razoável”, para acompanhar a oração em família e a transmissão da celebração litúrgica.

As indicações, assinadas pelo diretor do Departamento, cónego Luís Manuel Silva, ressalvam “necessárias adaptações”, e recordam a “aplicação no Patriarcado de Lisboa das orientações dos diversos documentos emanados da Conferência Episcopal Portuguesa, da Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos, e da Penitenciaria Apostólica”.

LS

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