Lisboa: Dois mil jovens celebram com o Patriarca nos seus 50 anos de sacerdócio

D. José Policarpo vive dia de festa com missa no Mosteiro dos Jerónimos

Lisboa, 15 ago 2011 (Ecclesia) – D. José Policarpo celebra hoje os seus 50 anos de ordenação sacerdotal, numa missa que conta com a presença de mais de 2000 jovens que a diocese leva às Jornadas Mundiais da Juventude em Madrid.

A eucaristia começa às 16h00, no Mosteiro dos Jerónimos, e é considerada o ponto alto das comemorações do jubileu sacerdotal do patriarca de Lisboa, de 75 anos de idade, que se iniciaram em março deste ano.

O historiador António Araújo, coautor da obra ‘Atraídos pelo Infinito’ (ed. Alêtheia), que reúne o pensamento de D. José Policarpo, considera que há uma relação de empatia entre o cardeal-patriarca e o povo português, o que não sucede por acaso”.

O docente universitário e consultor para os Assuntos Políticos do presidente da República afirmou à Agência ECCLESIA que o prelado de 75 anos “tem a relevância da palavra”, ao mesmo tempo que a sabe calar: “Há silêncios que também falam”.

A 19 de junho, Dia da Igreja Diocesana, o Cardeal-Patriarca de Lisboa anunciou que o pedido de resignação feito a Bento XVI, por motivo de idade (75 anos, limite estabelecido pelo direito canónico para a apresentação da renúncia), não foi aceite e que o Papa o reconduziu por mais dois anos à frente da diocese.

“Este ano, em que celebro 50 anos de ministério sacerdotal, maior expressão da ternura de Deus por mim, tenho sentido, como hoje aqui, a beleza de uma Igreja que é comunhão”, disse também.

No dia 23 de julho, o grande auditório da Fundação Calouste Gulbenkian recebeu o concerto de homenagem a D. José Policarpo, com a presença do presidente da República, Aníbal Cavaco Silva, e do primeiro-ministro português, Pedro Passos Coelho,

Falando à ECCLESIA, este último considerou que o percurso do cardeal-patriarca de Lisboa o tornou um “homem da cultura” nacional, ultrapassando o âmbito estritamente religioso.

Por sua vez, António Ramalho Eanes, presidente da República portuguesa entre 1976 e 1986, qualificou o patriarca de Lisboa como “um elemento de estabilização da vida coletiva nacional”.

José da Cruz Policarpo nasceu a 26 de fevereiro de 1936 em Alvorninha, Caldas da Rainha, território do distrito de Leiria e patriarcado de Lisboa.

Padre desde 15 de agosto de 1961, foi ordenado bispo em 1978 e é patriarca de Lisboa desde 1998, após a morte de D. António Ribeiro.

D. José Policarpo foi criado cardeal por João Paulo II em 2001 e participou no conclave de abril de 2005 que elegeu Bento XVI.

Alvorninha recebe a 20 de agosto, dia em que passam 50 anos da primeira missa presidida pelo cardeal-patriarca, uma confraternização que se quer “aberta a todas as pessoas”, explicou o padre Rui Gomes, pároco local que espera a presença de familiares e conterrâneos do prelado, além de “todo o clero da diocese”.

Este sacerdote revela que D. José Policarpo continua a “acompanhar a vida da sua própria paróquia, apesar das suas obrigações pastorais”.

A concluir este tempo de comemorações do jubileu sacerdotal, a 9 de outubro realiza-se na Escola Salesiana do Estoril um encontro com as famílias do patriarcado, que está a ser preparado pelo Setor da Pastoral Familiar da diocese de Lisboa.

Dias mais tarde, o cardeal-patriarca vai presidir, a 25 de outubro, aniversário da dedicação da catedral lisboeta, a uma concelebração que reunirá o colégio episcopal e clero, seguindo-se depois uma refeição no Seminário dos Olivais.

RM/OC

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