Lisboa: Cardeal-patriarca afirmou que Corpo de Deus «todos os dias» é «partilhar o coração»

D. Manuel Clemente incentiva a «uma vida partilhada»

Foto: Lusa

Lisboa, 21 jun 2019 (Ecclesia) – O cardeal-patriarca de Lisboa pediu aos fiéis que celebrem diariamente a solenidade litúrgica do Santíssimo Corpo e Sangue de Cristo, o Corpo de Deus que será “um sinal de que um Deus repartido é o coração do mundo”.

“Isto pode ser feito todos os dias, na casa de cada um, na comunidade de cada qual, na empresa, na escola, nas férias de quem as tenha, num leito de hospital: partilhar o coração, fazer da nossa vida o que Deus fez da sua em Jesus Cristo, um pão repartido”, afirmou D. Manuel Clemente.

Depois da procissão do Corpo de Deus pelas ruas de Lisboa, o cardeal-patriarca disse que se querem “pôr coração neste mundo” então cada um reparta o seu e assim o Corpo de Deus “pode ser feito todos os dias”.

“Façamos com Cristo, e em Cristo, isto mesmo: uma vida partilhada. E o mundo encontrará o seu centro”, acrescentou no Largo da Sé de Lisboa, divulga a Rádio Renascença.

A Solenidade Litúrgica do Corpo e Sangue de Cristo começou a ser celebrada há mais de sete séculos e meio, em 1246, na cidade de Liège, na atual Bélgica, tendo sido alargada à Igreja latina pelo Papa Urbano IV através da bula “Transiturus”, em 1264, dotando-a de missa e ofício próprios.

Na Eucaristia que presidiu na Sé, D. Manuel Clemente explicou na homilia que a “solenidade de hoje fala da unidade espiritual e somática de cada um” e do corpo como “expressão e exercício” do que se é.

“O corpo é a pessoa em relação, substancial e concreta. Como o próprio Deus se quis relacionar connosco em cada palavra e gesto de Jesus Cristo. Palavras e gestos que, como ouvimos, são de cuidado e partilha. Cuidado de todos e partilha de si mesmo. Tudo é corporal no Cristo de há pouco: Falava à multidão, curava quem sofria, escutava os discípulos. Boca para falar, mão para curar, ouvido para ouvir. E depois, olhos erguidos ao céu, palavras de bênção e mais gestos de repartir”, desenvolveu, lê-se no sítio online do Patriarcado de Lisboa.

Esta exultação popular à Eucaristia é manifestada no 60.º dia após a Páscoa, uma quinta-feira, fazendo assim a ligação com a Última Ceia de Quinta-feira Santa.

CB

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