Lisboa 2023: «Há uma grande vontade de que a Jornada não se feche nos peregrinos» – Peu Madureira

Membro da Direção Artística dos Eventos Centrais destaca vontade de mostrar «marca portuguesa»

Foto: JMJ Lisboa 2023

Lisboa, 03 jul 2023 (Ecclesia) – Peu Madureira, da Direção Artística dos Eventos Centrais da JMJ Lisboa 2023, sublinhou que o programa do encontro mundial quer envolver todas as pessoas que estiverem na cidade, no início de agosto.

“Há uma grande vontade de que a Jornada não se feche nos peregrinos”, disse à Agência ECCLESIA o fadista português.

O entrevistado participou na JMJ 2011, em Madrid, destacando que a população da cidade que acolhe é chamada a ter um “lugar cimeiro”, no encontro mundial, destacando o “privilégio” de acolher na capital portuguesa peregrinos de 195 países, numa “experiência transformadora”.

“Para quem nos visita, é um grande desafio”, prossegue.

Peu Madureira destaca a “marca portuguesa” que a edição de Lisboa quer transmitir aos peregrinos de todo o mundo, tanto na celebração da fé como nos momentos artísticos.

O responsável está particularmente ligado ao ‘Ensemble23’, nome escolhido para o grupo de artistas voluntários que fazem parte do elenco oficial dos Eventos Centrais da JMJ Lisboa 2023, após um “casting internacional”.

“É uma experiência extraordinária, porque são 22 nacionalidades”, indica.

Os eventos centrais, “abertos a todos”, incluem a Missa de Abertura, a 1 de agosto, que vai ser presidida por D. Manuel Clemente, cardeal-patriarca de Lisboa, no Parque Eduardo VII, num momento de “boas-vindas”.

Dois dias depois, o mesmo espaço recebe a celebração de acolhimento.

“É, sobretudo, o Santo Padre a acolher todos os que vieram ao seu encontro”, precisa Peu Madureira, num dia “muito festivo”.

Ainda no Parque Eduardo VII, a 4 de agosto, vai ser celebrada a Via-Sacra, colocando os jovens a rezar com Francisco, acompanhados pelo coro e a orquestra da JMJ.

O entrevistado explica que, para esta celebração, foi feita uma consulta, a jovens de todo o mundo, para que identificassem “fragilidades” da condição juvenil, atualmente.

“A partir daí, foi construído um texto, em que essas fragilidades são rezadas”, acrescenta.

Já no Parque Tejo, entre os municípios de Lisboa e Loures, decorre a Vigília, na noite de 5 de agosto.

Peu Madureira acredita que os jovens vão apreciar um “lugar belo”, para celebrar os momentos “transformadores” desta Jornada, com tempos de oração, em conjunto e em silêncio.

Após pernoitarem no local, os peregrinos participam na Missa de Envio, presidida pelo Papa no domingo, dia 6 de agosto; antes de regressar ao Vaticano, Francisco encontra-se com os voluntários da JMJ, no Passeio Marítimo de Algés.

O encontro mundial, que Portugal recebe pela primeira vez de 1 a 6 de agosto, inclui na sua programação um conjunto de eventos culturais, religiosos e desportivos, protagonizados por peregrinos da JMJ, dos cinco continentes.

O tema da JMJ Lisboa 2023 é ‘Maria levantou-se e partiu apressadamente’, uma passagem do Evangelho segundo São Lucas (Lc 1,39).

A escolha do Papa inspira os eventos centrais, indica Peu Madureira, em volta da “ideia do encontro alegre”, com Jesus Cristo.

As tradicionais catequeses – nas manhãs de quarta, quinta e sexta-feira -, dão lugar em Lisboa a um novo modelo de encontro entre os jovens e os bispos, o ‘Rise Up’.

Outro espaço da JMJ é o projeto da ‘Cidade da Alegria’, localizado em Belém, inclui uma feira de vocações para apresentação dos vários movimentos e ordens religiosas, assim como uma capela e os 150 confessionários, que foram fabricados nos estabelecimentos prisionais de Paços de Ferreira, Porto e Coimbra.

OC

A JMJ nasceu após o sucesso do encontro promovido em 1985, em Roma, no Ano Internacional da Juventude.

São João Paulo II escreveu uma Carta Apostólica aos jovens do mundo (31 de março de 1985) e depois anunciou a instituição da Jornada Mundial da Juventude (20 de dezembro de 1985).

Cada JMJ realiza-se, anualmente, a nível diocesano (inicialmente no Domingo de Ramos e atualmente na solenidade litúrgica de Cristo-Rei), alternando com um encontro internacional a cada dois ou três anos, numa grande cidade; até hoje houve 36 JMJ, com 14 edições internacionais, em quatro continentes, e sete dessas edições decorreram na Europa.

 

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