LIASE: 25 anos ao serviço da Igreja do Alto Minho

A 14 de Novembro de 1982 surgiu, em Valença, uma iniciativa de leigos para promover um movimento de solidariedade para com o Seminário. Assim nasceu a LIASE. D. Armindo Lopes Coelho, presidindo à primeira sessão solene da LIASE, realizada em 21 de Abril de 1983, em Valença, tornou-a Movimento Diocesano. Completamos hoje um quarto de século como Movimento da Igreja de Viana. A Liga de Amigos tem como objectivo criar no Alto Minho um clima de familiaridade para com o coração da Diocese, o Seminário. Este clima de amizade tenta alimentar a consciência de responsabilidade comunitária e individual de ajuda para com o Seminário Diocesano. «Antes de mais, porém, a LIASE nasceu para desenvolver uma acção apostólica que desperte os cristãos para a necessidade de vocações sacerdotais e de outras formas de “consagração”. E, concretamente, destina-se, como é óbvio, a um amplo apoio, efectivo e permanente, ao Seminário Diocesano: com oração, evangelização e partilha de bens» (Normas Regulamentares da LIASE, artigo 8º). Esta tríplice missão tem sido revigorada: foi criado um boletim formativo, o sector de evangelização foi reforçado com o nascimento da LIASE Júnior, em 18 de Novembro de 2006. No mesmo ano, em solenidade de Cristo Rei, foi plantado o Jardim das Oliveiras, dirigido aos mais idosos e doentes. Esta acção teve por objectivo dar a importância merecida à oração na pastoral vocacional. É um dos objectivos primeiros da LIASE o incitar à oração pelo Seminário. Este convite é dirigido também às numerosas pessoas idosas, doentes ou imobilizadas, isoladas ou desmotivadas a que constituam uma Comunidade Cristã que, apesar de espacialmente dispersa, viva unida no desejo de oferta do sofrimento e oração pelo Seminário e pelas Vocações: todos são chamados a viver neste Jardim das Oliveiras, vivendo com Jesus em oração. É necessário que a Igreja retome a lógica orante que a Primitiva Comunidade Cristã aprendera de Jesus. A oração é, sem dúvida, a principal estrada a percorrer para criar uma nova sensibilidade e nova cultura vocacional favorável às vocações consagradas. Neste sentido, a Igreja sabe também da importância particular que goza a oração e entrega daqueles que, por algum motivo, se tornam mais intimamente participantes nos sofrimentos de Cristo. As fontes da força divina brotam exactamente do seio da fraqueza humana. Os que participam nos sofrimentos do Nosso Salvador conservam nos sofrimentos próprios uma especialíssima parcela do infinito tesouro da redenção do mundo, e podem partilhar tal tesouro com os outros (cf. “Salvifici doloris”, 48). Tenho-o experimentado nos últimos meses de um modo particular. Bendigo o Senhor por este tempo de convivência com a irmã dor. O Jardim das Oliveiras pretendeu, assim, congregar todas as pessoas que, vivendo situações de particular sofrimento, desejem ajudar a criar no seio da nossa Diocese uma nova primavera vocacional, pela oração e oferta quotidianas. Esta Comunidade Orante, também chamada Mosteiro Invisível, funciona onde estiver cada pessoa que queira ficar unida a muitas outras nesta grande corrente de oração, comprometendo-se a orar em cada dia pelo Seminário, oferecendo as suas alegrias e sofrimentos diários para que o Senhor mande trabalhadores para a Sua vinha. Celebramos o aniversário deste Movimento Diocesano de uma forma simples e solene, escolhendo a “melhor parte” (cf Lc 10, 42) com a celebração da Eucaristia. Escolhemos este dia aniversário para, de agora em diante, pormos em prática o artigo 16.º das Normas Regulamentares da LIASE: “anualmente será celebrada uma Missa em sufrágio de todos os membros da LIASE falecidos”. Pedimos a intercessão do “pai dos pobres e dos enfermos” como o aclamou o povo de Viana, o Beato D. Frei Bartolomeu Fernandes dos Mártires, o patrono dos Amigos do Seminário. Padre Paulo Emanuel Martins Dias, director da LIASE.

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