Lepra, uma doença esquecida

“Lepra, uma doença esquecida” será o lema para o 54ª Dia Mundial dos Leprosos, que se celebra no próximo Domingo, 28 de Janeiro. A ONU instituiu a celebração deste Dia em 1954, a pedido de Raoul Follereau, com o objectivo de promover a reflexão e motivar a generosidade das populações a favor das pessoas atingidas pela doença de Hansen, por forma a poderem ser tratadas e curadas em igualdade aos demais doentes. Segundo a Organização Mundial da Saúde, há 300 mil novos leprosos todos os anos, com especial incidência na África, América e Mediterrâneo Oriental. O país com mais casos é a Índia, seguida do brasil, Madagáscar e Moçambique. Os números, contudo, podem ascender ao dobro, dado que esta é uma doença com graves consequências de exclusão social. Estima-se que existam cerca de 10 milhões de leprosos em todo o mundo. Presentemente, já há tratamento e cura para a doença e são, efectivamente, curadas cerca de um milhão de pessoas por ano. As situações de pobreza, guerras e catástrofes naturais, contudo, fazem surgir anualmente, em todo o mundo, cerca de 600/700 mil novos casos de Lepra. Segundo a Associação Portuguesa Amigos de Raoul Follereau (APARF), o número de leprosos nascidos em Portugal aproxima-se do milhar, a que se junta cerca de meia centena de enfermos provenientes dos Palop’s, Brasil, Índia e Timor. Os casos novos aparecidos em Portugal são, em cada ano, em menor número. Em Portugal, é tarefa da APARF a promoção e celebração do Dia Mundial dos Leprosos, para que, através das várias iniciativas de sensibilização, as pessoas colaborem generosamente com os seus donativos no Peditório Nacional que se realiza nos dias 27 e 28 de Janeiro, de forma a financiar projectos de tratamento e cura, reabilitação e reinserção. A APARF foi fundada em 1987 por iniciativa dos Missionários Combonianos e actualmente financia cerca de 80 projectos anuais, em trinta e cinco países, nomeadamente em Portugal e nos Palop’s.

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