Concluiu-se no passado fim-de-semana o programa de formação para os Leigos Missionários Portugueses que este ano partem para países lusófonos. Desde Novembro do ano passado, várias de jovens prepararam-se para uma experiência de voluntariado ao longo de diversas sessões de formação de carácter genérico, promovidas pela Fundação Evangelização e Culturas (FEC) em conjunto com os Institutos Missionários ad Gentes (IMAG). Cátia Vieira, da FEC, refere à Agência ECCLESIA que neste ano foram dados passos importante no sentido de se potenciar o Voluntariado Missionário, uma realidade “que já ganhou o seu espaço na vida da Igreja”, apesar de não ser conhecida em todas as Dioceses. Cerca de 200 leigos partirão nos próximos meses em projectos de assistência, promoção social e evangelização. Moçambique é, este ano, o país que concentra um maior número de grupos, dada a epidemia do vírus de Marburg em Angola. As estatísticas serão divulgadas nos próximos dias. O programa de formação chegou, desta vez, a um número muito maior de participantes – o aumento rondou os 50/70% – e permitiu oferecer aos vários grupos “uma formação conjunta entre as várias entidades, em temáticas comuns a todos”, explica Cátia Vieira. Ao longo dos últimos anos tem aumentado nos leigos portugueses o desejo de partir, ao encontro de outros povos, o que tem levado ao nascimento de um número crescente de entidades de voluntariado missionário que ultrapassam já as 40. A FEC opera como Plataforma de ligação entre todas estas entidades pelo facto de lhe ter sido pedido que assumisse a função de Comunicação e Informação entre todas, bem como a promoção da partilha e da formação conjuntas. De 1986 a 2004 partiram, em missões até 2 meses, 1491 pessoas; com um projecto de 3 a 10 meses, partiram 129; por mais de 11 meses, deixaram o país natal, 340 pessoas. Esta realidade que traz novos protagonistas ao dinamismo missionário da Igreja é “um movimento que foi nascendo aos poucos e ganhou o seu espaço”, conclui Cátia Vieira.