Lamego: «O Sínodo não acaba» – D. António Couto

Diocese divulgou síntese da fase local, com participação de mais de 2500 pessoas

Foto: Agência ECCLESIA/LFS

Lamego, 02 jul 2022 (Ecclesia) – O bispo de Lamego disse hoje à Agência ECCLESIA que a diocese quer dar continuidade ao processo sinodal vivido desde outubro, por iniciativa do Papa, que contou com a participação de mais de 2500 pessoas, a nível local.

“O Sínodo não acaba, vai continuar, vamos continuar a ouvir as pessoas, a trabalhar com elas”, referiu D. António Couto.

O Sínodo 2021-2023, com o tema ‘Para uma Igreja Sinodal: comunhão, participação e missão’, decorre numa modalidade inédita, em três fases – diocesana, continental e universal.

“Sínodo é estar num caminho, estar numa caravana, que tem muitas composições. Nós não podemos perder ninguém”, precisou o bispo de Lamego.

O responsável católico destacou que, no processo sinodal, foram ouvidas “todas as pessoas que quiseram falar”.

O desafio, assume, é conciliar pensamentos diferentes, gerando comunhão entre todos e estando “atentos uns aos outros”.

“Temos de ser capazes de acolher e dizer: graças a Deus, porque tenho aqui um irmão, uma irmã que não pensa como eu e pode ajudar o meu pensamento a mudar, até”, indicou.

“A Diocese está em caminho, está em comunhão, é um dos nossos lemas”, acrescentou D. António Couto.

A síntese diocesana, enviada hoje à Agência ECCLESIA, sustenta que “os bispos devem ter ideias claras dos projetos para as suas dioceses e dar indicações concretas sobre cada assunto”.

A comissão responsável estima que o processo tenha contado com a participação de 2500 a 3000 pessoas, nas paróquias da Diocese de Lamego.

Os participantes sublinham a necessidade de “incentivar a participação dos leigos nos diversos âmbitos da pastoral” e “apostar na formação de adultos e formação de catequistas”.

O documento de síntese desafia a Igreja a “tornar-se muito mais comunicativa” e “simplificar as suas estruturas”.

Uma das propostas diz respeito às nomeações episcopais: “Cada bispo deve ser escolhido pelos sacerdotes da sua diocese, e depois de ter exercido funções paroquiais durante um período de tempo significativo”.

A auscultação diocesana encerrou-se a 31 de maio e cerca de 80% das paróquias estiveram nos encontros sinodais.

LFS/OC

 

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