Lamego: Diocese vai ajudar Moçambique e a Bolívia com renúncia quaresmal

D. António Couto quer que a Quaresma seja «um tempo de diferença» e não de indiferença

Lamego, 01 mar 2017 (Ecclesia) – O bispo de Lamego desafiou hoje os católicos a fazer da Quaresma “um tempo de diferença”, destinando os donativos recolhidos neste tempo ao Fundo Solidário Diocesano e à ajuda missionária para Moçambique e da Bolívia, através dos Espiritanos.

Na mensagem ‘O Dom alumia, mas o pecado cega’, enviada hoje à Agência ECCLESIA, D. António Couto explica que uma parte da renúncia quaresmal vai “aliviar as dores” dos que “precisam de ajuda, e são cada vez mais”, em Lamego, através do Fundo Solidário Diocesano.

A outra parte do “esforço” quaresmal da Diocese de Lamego destina-se a pessoas de países de África e da América Latina, mais concretamente de Moçambique e da Bolívia, a quem vão levar “um pequeno gesto de carinho” através da Província Portuguesa dos Missionários do Espírito Santo (Espiritanos), a celebrar 150 de presença em Portugal.

O destino da renuncia quaresmal lamecense vai será anunciado em todas as igrejas da diocese nos dias 4 e 5 de março, nas celebrações do primeiro domingo da Quaresma, e a coleta realiza-se no Domingo de Ramos, a 9 de abril.

D. António Couto apela aos seus diocesanos que façam do tempo litúrgico da Quaresma “um tempo de diferença e não de indiferença”, por isso, pede que se despojem “não apenas do que sobra” mas também do que faz falta porque “dar o que sobra não tem a marca de Deus”.

“Dilatemos as cordas do nosso coração até às periferias do mundo, e que o nosso olhar seja de Misericórdia para os nossos irmãos de perto e de longe. Façamos um exercício de verdade”, escreve.

O bispo de Lamego observa também que as pessoas se darem uns aos outros e “dar com alegria” deve ser para os discípulos de Jesus a forma “normal, quotidiana, de viver”.

Neste contexto,a mensagem ‘O Dom alumia, mas o pecado cega’ reforça o pedido aos fiéis das 223 paróquias da Diocese de Lamego para abrirem “o coração a todos os que sofrem aqui perto e lá longe”.

A Quaresma, que começa hoje com a celebração de Cinzas, é um período de 40 dias, marcado por apelos ao jejum, partilha e penitência, que serve de preparação para a Páscoa, a principal festa do calendário cristão.

Neste contexto, surge a renúncia quaresmal, prática em que os fiéis abdicam da compra de bens adquiridos habitualmente noutras épocas do ano, reservando o dinheiro para finalidades especificadas pelo bispo da sua diocese

CB/OC

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