Jubileu: Bispo do Porto incentivou a portas de «atenção social e lugares da justiça humana»

D. António Francisco dos Santos que Igreja do Porto «Pátria da Misericórdia»

Porto, 14 dez 2015 (Ecclesia) – O bispo do Porto mobilizou os diocesanos a serem “mensageiros da misericórdia”, numa Igreja portuense – “Pátria da Misericórdia” pedindo que hospitais, prisões, escadas e alpendres sejam “portas da atenção social e lugares da justiça humana”.

“Sejamos todos, cada um na sua medida e na sua missão, mensageiros da misericórdia e façamos da Igreja do Porto – Pátria da Misericórdia. Penso em particular nos doentes, nos reclusos, nos que não têm porta para entrar nem esperança e ânimo para viver”, revelou D. António Francisco dos Santos, este domingo.

Na homilia que marcou o início do Ano Santo na diocese, o prelado pediu que trabalham “todos” para que as portas dos hospitais, as celas das prisões, os vãos das escadas e os alpendres das varandas, onde se acolhem os sem-abrigo, “sejam portas da atenção social e lugares da justiça humana com marcas da misericórdia divina”.

Neste contexto, no final da celebração, quem esteve na Catedral recebeu a Carta Pastoral com o objetivo de dizerem a “todos e a cada um dos que viverem sob o [mesmo] teto” e com quem se cruzam nas avenidas e ruas que são: ‘Felizes os misericordiosos!’ (Mt 5,7).

O bispo do Porto alertou que o mundo, ao longo da sua história, “não encontrou o caminho da paz nem a chave da felicidade”: “No trono dos impérios; no âmago das ideologias; nos avanços da ciência; nos progressos da técnica; na ambição do dinheiro; na sedução do prazer ou na procura do poder.”

Contudo, observou, neste mesmo mundo, “com o olhar da fé”, também se descobre um “campo aberto para os semeadores da bondade”.

“Com avenidas largas para os peregrinos da paz, de braços abertos para “os que querem o bem, de mãos disponíveis para abençoar e de coração pronto para perdoar”, acrescentou.

D. António Francisco dos Santos revelou que ao abrir a Porta Santa da Sé sentiu que estava a “tocar a grande Porta da Misericórdia de Deus”.

“Essa porta bonita, embelezada e grande que acolhe os nossos pecados, recebe o nosso arrependimento e nos devolve em abundância a graça e o perdão de Deus”, desenvolveu.

Neste contexto, sublinhou que a Porta Santa vai estar aberta “para os de perto e para os de longe” que de “outras distâncias humanas, geográficas e existenciais” vão passar pela Sé do Porto.

O bispo do Porto informou também que o gesto de abertura da Porta Santa vai ser replicado, a partir deste domingo, nas 23 Portas da Misericórdia, em cada uma das vigararias.

“A misericórdia é dádiva de Deus, missão da Igreja e necessidade do Mundo”, explicou o prelado, pedindo que a partir de 20 de novembro de 2016, quando termina este Ano Extraordinário, todos façam da misericórdia “a alma e o tempo da Igreja”.

Na homilia deste domingo, D. António Francisco dos Santos, sublinhou ainda que ao entrar na Porta Santa cada um procura e encontra o “Deus de ternura, de bondade e de misericórdia; a Palavra e os sacramentos”.

CB

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