Jovens indianos abandonam delegação antes de chegar à Austrália

A delegação indiana informou que 39 jovens não chegaram à cidade de Sidney, onde deveriam tomar parte na Jornada Mundial da Juventude 2008. Dos 220 inscritos, alguns indianos aproveitaram a escala na Nova Zelândia para se separar do grupo. Os jovens receberam visto por um mês, mas não se apresentaram às famílias que lhes ofereceram abrigo. Para o padre jesuíta Cedric Prakash, “este episódio abala o prestígio da delegação indiana”. O departamento neozelandês está a trabalhar em colaboração com a Igreja Católica local para tentar encontrar os jovens. Antes de abandonar a delegação, eles deixaram as malas nos centros de acolhimento sem levar qualquer documento de identificação. A porta-voz da Igreja na Nova Zelândia, Lyndsay Freear, afirmou que se trata de um facto “extraordinário e grave” e que a Igreja não tem nenhum envolvimento na fuga dos jovens. Esta responsável fez votos de que o “gesto isolado de um pequeno grupo” não acabe por ofuscar as razões do encontro e a felicidade demonstrada por milhares de jovens. Noutro local, continua a odisseia dos jovens iraquianos. Depois da dificuldade para obter o visto, os jovens ainda não chegaram à Austrália, pois estão na Singapura, devido ao cancelamento do voo que os levaria até Sidney. O padre caldeu Rayan P. Atto expressou a sua desilusão com o cancelamento do voo e não sabe se o grupo poderá prosseguir: “Deveríamos ser os últimos a chegar a Sidney, mas parece que seremos os ausentes. É realmente uma pena e não nos resta mais que esperar”. Já em Sidney, as actividades são muitas à espera do encontro com Bento XVI. Esta Quarta-feira, tiveram início as catequeses em várias línguas dos bispos que acompanham os grupos de seus países. Também teve início o Festival da Juventude, um evento para discutir os principais temas da actualidade, como o desenvolvimento sustentável, o meio ambiente, a sexualidade, a justiça social e o diálogo inter-religioso. A programação prevê um fórum com o arcebispo de Viena, Cardeal Christoph Schonborn, sobre criação e evolução; uma mesa-redonda sobre sexualidade com o teólogo Christopher West; e um debate sobre o diálogo inter-religioso com o núncio apostólico no Egipto, D. Michael Fitzgerald, o mufti Patel e o rabino Knoll. O Festival prevê ainda 450 mostras, concertos e debates: os mais seguidos pelos jovens são sobre a mulher, os Objectivos do Milénio e o tráfico de seres humanos Em honra do Papa, nos pilares da famosa ponte de Sidney – a Harbour Bridge -, são projectados diapositivos de Bento XVI e mensagens de boas-vindas. A máquina organizativa funciona a pleno ritmo, assegurando, por exemplo, a distribuição de milhões de bebidas e refeições, ao longo destes dias, aos participantes da JMJ.

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