Jovens de Coimbra juntam esforços para construir a paz

“Desde que os jovens da paróquia de São José, em Coimbra, foram a Taizé e começaram a dinamizar as noites e a oração, nota-se uma crescente participação”. Quem o afirma é o pároco José Castelhano, que tem acompanhado as actividades de um grupo de jovens que afirma não se querer prender a uma paróquia, mas antes trabalhar em parceria com todas, construindo melhor o seu trabalho. Na sequência da dinâmica deste grupo de jovens, Coimbra viveu no fim de semana 3 a 5 de Novembro, um encontro sob o tema “Jovens Cristãos construtores de Paz”. “É o segundo ano que fazem um encontro deste género, no primeiro invocaram a memória do irmão Roger” sendo um encontro que mobiliza muitas pessoas, não apenas jovens. O fim de semana foi rico em reflexão e acções espalhadas por toda a cidade, “porque eles fazem questão de envolver todas as paróquias” refere o pároco. Santa Cruz, a Sé Velha, a Sé Nova, todas se juntaram a esta iniciativa que contou para além de uma mesa redonda que deu início ao encontro, vários workshops à “volta da Sé Velha da cidade”. António Monteiro, um dos dinamizadores do grupo afirma que o principal objectivo destes encontros é criar um espaço de encontro com todas as paróquias da cidade “porque todos trabalhamos para o mesmo e não nos conhecemos” acrescentando que estiveram envolvidas cinco paróquias onde os jovens têm alguma dinâmica. O responsável destaca os workshops que aconteceram durante o Sábado sob os temas de linguagem adequada no trabalho pastoral, radicalidade, pastoral nas prisões, diálogo interreligioso, Taizé e também um atelier onde os vários movimentos falaram entre si sobre o seu carisma e actividades. Outra componente do encontro era proporcionar a reflexão de como “enquanto jovens cristãos podemos ser promotores da paz” na realidade em que estão. Não se pretendia chegar a conclusões “não era um congresso”. Cada um com base na reflexão irá “tirar conclusões para a sua vida”. A Sé Velha da cidade reuniu no Sábado à noite bastantes pessoas para uma noite de oração, considerando António Monteiro que os jovens “gostam muito da oração quando se rompe com algumas formas convencionais” daí a sua aposta na dinâmica de Taizé, sendo este encontro um exemplo para a construção da paz. Segundo o Pe José Castelhano “a sensibilidade dos jovens para as questões da paz é muito grande” e acrescenta que “as grandes acções não começam na rua, mas antes com reflexões”. Segundo o responsável do grupo, há sinais claros de esperança que apelam e convidam os jovens à participação na Igreja, mas “há também uma necessidade de adequar a linguagem aos jovens” porque eles têm “uma grande sede de Deus”. A mensagem continua a ser válida, mas “temos de pensar que por exemplo os catecismos utilizados têm 17 anos, concebidos antes de haver internet” chamando a atenção para a necessidade de aproximação com os desafios juvenis actuais.

Partilhar:
plugins premium WordPress
Scroll to Top