João Paulo II: «Só de tempos a tempos aparecem homens que fazem a diferença na história universal» – Bispo do Funchal

D. Nuno Brás salienta que Papa polaco conduziu a uma Igreja que «não tem medo de falar e de mostrar Jesus Cristo»

Foto: Secretaria Regional do Turismo e CulturaFunchal, Marto 18 mai 2020 (Ecclesia) – O bispo do Funchal publicou uma mensagem pelo centenário do nascimento do Papa João Paulo II evocando um santo que fez “a diferença na história universal”.

“Claro que todos podemos fazer a diferença. E devemos fazê-la: à nossa volta, na nossa família, no nosso trabalho. Mas só de tempos a tempos aparecem homens que fazem a diferença na história universal”, escreve D. Nuno Brás.

A Igreja Católica assinala hoje o centenário do nascimento de Karol Jozef Wojtyla em Wadowice (18 de maio de 1920 – Polónia); foi eleito Papa a 16 de outubro de 1978, e morreu no Vaticano, a 2 de abril de 2005; Francisco canonizou-o a 27 de abril de 2014, perante mais de um milhão de pessoas.

Para o bispo do Funchal, o Papa polaco conduziu “uma Igreja tímida, envergonhada, quase a pedir licença ou desculpa por ainda existir” a uma Igreja que, “embora consciente dos seus pecados, não tem medo de falar e de mostrar Jesus Cristo, porque se percebe portadora de um bem maior”.

“Há 100 anos, nasceu um homem que derrubou um regime iníquo que parecia ser intocável e inabalável. Há 100 anos nasceu um homem que transformou a Igreja e o mundo. Há 100 anos nasceu um santo – que, ainda por cima, gostava de Portugal e da Madeira”, onde esteve em 1991, desenvolveu.

D. Nuno Brás recorda que teve “a graça de estar com S. João Paulo II por várias vezes”, em jovem seminarista numa Missa no Parque Eduardo VII, em Lisboa, quando fez “a entrega do vinho para a Missa durante o Ofertório”, “até às breves palavras ditas ao Papa já doente, em 2004, por ocasião da assinatura da Concordata entre Portugal e a Santa Sé.

“Pude, algumas vezes, concelebrar com ele a Eucaristia na Capela da Casa Pontifícia e, em muitas outras ocasiões, na Basílica de S. Pedro. Em vários momentos, tive a graça de trocar com ele algumas palavras. Era o que podíamos chamar ‘uma rocha da fé’. Tudo nele respirava Jesus Cristo”, lembra.

O bispo do Funchal assinala que o Papa polaco foi para o seminário e “pouco lhe importava ser ou não conhecido”, recordando que o seu mestre nas artes cénicas disse «não abandones o teatro: serás um ator excecional; se fores para o seminário, serás um padre igual a tantos outros», porque “importava-lhe antes Deus”.

“Como não havemos de estar gratos a Deus, imensamente gratos por esse dom?”, questiona, na mensagem publicada online.

O Papa Francisco presidiu hoje a uma Missa junto ao túmulo de São João Paulo II, na Basílica de São Pedro, que evocou como “um homem da misericórdia”.

CB/OC

 

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