João Paulo II: Missa campal em Cascais

Pároco espera mais de duas mil pessoas para recordar «polaco que é quase português»

Cascais, Lisboa, 30 abr 2011 (Ecclesia) – A paróquia de Cascais organiza este domingo uma missa campal para assinalar a beatificação do Papa João Paulo II, um “polaco que é quase português”, como afirmou à Agência ECCLESIA o padre Nuno Coelho, responsável pela comunidade.

A iniciativa, que decorre no mesmo dia em que no Vaticano o Papa Bento XVI preside à eucaristia de beatificação do seu antecessor, realiza-se no largo da igreja paroquial, começando às 17h00 com a recitação do terço.

A celebração marcada para a vila localizada 30 km a oeste de Lisboa estava inicialmente concebida para se enquadrar no âmbito da paróquia, mas o cardeal-patriarca, D. José Policarpo, sugeriu a Nuno Coelho que passasse a ter dimensão diocesana.

A missa vai ser presidida por D. Carlos Azevedo, um dos bispos auxiliares de Lisboa e único prelado do patriarcado que no domingo está em Portugal, já que os restantes vão participar na beatificação, no Vaticano.

“É uma celebração de fé, sem pretensão, de um povo português que sempre respeitou muito João Paulo II”, sublinha Nuno Coelho, para quem “é muito bom ter um beato com quem se conviveu, com quem se ouviu a palavra, com quem se aprendeu a amar”.

O altar foi colocado junto à igreja matriz, situada na praça João Paulo II, e junto a uma estátua do Papa polaco, inaugurada em 2010, ano em que se assinalou o 90.º aniversário do nascimento de Karol Wojtyla.

“A missa podia ser num local muito mais adequado, mas quisemos que a estátua fizesse parte da celebração”, salienta o pároco, que realça a mensagem de “beleza” e “proximidade” transmitida pela imagem, que constitui um “lugar sagrado no meio do jardim, tocado por toda a gente”, incluindo “pessoas que não entram na igreja.”

Nuno Coelho não arrisca o número de pessoas presentes na celebração – “é sempre uma surpresa” – mas acredita que vão estar pelos menos dois mil participantes, quantidade correspondente às cadeiras dispostas no largo, que estará parcialmente encerrado ao trânsito automóvel.

“É uma festa familiar, até porque é o Dia da Mãe. Vai ser uma celebração digna e solene, mas também muito caseira, com as pessoas espalhadas por todo o jardim, com carrinhos de bebé, sentando-se no chão, nas cadeiras, nas árvores, junto à estátua”, refere o sacerdote.

A orientação do terço está a cargo do grupo de jovens que integrou o musical ‘Wojtyla’, projeto criado na paróquia de Cascais que em fevereiro foi apresentado nos teatros Tivoli e Sá da Bandeira, salas emblemáticas de Lisboa e Porto.

A missa, que começa pelas 17h45 e vai ser projetada em ecrã gigante, conta com a participação do Coro Polifónico de Cascais, grupo católico que assegura a interpretação dos cânticos e a quem cabe papel importante na “qualidade litúrgica” que o pároco de 33 anos quer dar à eucaristia.

Desde a manhã de domingo serão exibidos vídeos e imagens de João Paulo II e ouvidas algumas das suas palavras – “temos saudades da voz dele”, assinala Nuno Coelho.

A autarquia cascalense colabora na segurança e também na divulgação da iniciativa, tendo colocado placards exteriores em locais de grande circulação nas freguesias do concelho.

A beatificação é a liturgia que propõe uma pessoa como modelo de vida e intercessor junto de Deus e autoriza o seu culto público na Igreja Católica.

RM

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