Jornalista Aura Miguel recorda «estatura humana» invulgar do Papa Polaco e ligação particular a Fátima
Lisboa, 28 abr 2011 (Ecclesia) – A jornalista Aura Miguel, que acompanhou João Paulo II em várias viagens internacionais, recorda o Papa polaco pela «frescura da fé» que o levou a todo o mundo.
“Viveu permanentemente enamorado por Cristo, a quem se abandonava diariamente. Por isso manteve sempre uma tão grande frescura de fé, cheia de rasgo e criatividade”, assinala.
Em artigo publicado na edição especial que a Agência ECCLESIA dedica à beatificação de João Paulo II, cerimónia que vai ter lugar a 1 de maio, no Vaticano, a jornalista da Rádio Renascença afirma que “Wojtyla era dotado de uma estatura humana que o aproximava de todos, sem exceção, interessando-se por cada um com quem se cruzava”.
“Quem teve a graça de se cruzar com o seu olhar garante isso mesmo: naquele instante, só contava a pessoa que tinha à sua frente”, prossegue.
A especialista sublinha a “profunda ligação aos mistérios de Fátima” por parte do Papa polaco, eleito em 1978, “uma experiência que implicou o derramamento do seu próprio sangue, a 13 de maio de 1981”, num atentado que teve lugar na Praça de São Pedro, Vaticano.
“Desde então, Wojtyla viveu na certeza de ter sido salvo por milagre de Nossa Senhora de Fátima, ao ponto de afirmar que a vida lhe foi «dada de novo» e que o seu pontificado durou «apenas três anos» (1978-1981), porque tudo o resto foram anos de milagre”, acrescenta.
Para Aura Miguel, “a data escolhida para a sua beatificação, não podia ser melhor: João Paulo II será elevado aos altares no primeiro dia do mês de Maria que, neste ano, é também o domingo da Divina Misericórdia”.
Karol Jozef Wojtyla, o Papa João Paulo II, nasceu em Wadowice (Polónia), a 18 de maio de 1920, e morreu no Vaticano, a 2 de abril de 2005.
A sua beatificação foi anunciada a 14 de janeiro, depois da publicação do decreto que comprovava um milagre, relativo à cura da religiosa francesa Marie Simon-Pierre, que sofria da doença de Parkinson.
A beatificação é a liturgia que propõe uma pessoa como modelo de vida e intercessor junto de Deus e autoriza o seu culto público na Igreja Católica.
OC