Japão: Arcebispo de Nagasáqui destaca passagem da bomba atómica ao «fogo olímpico», pela paz»

País evoca 76.º aniversário dos bombardeamentos nucleares na II Guerra Mundial

Foto: Lusa/EPA

Lisboa, 06 ago 2021 (Ecclesia) – O arcebispo de Nagasáqui, no Japão, evocou os bombardeamentos nucleares na II Guerra Mundial, que há 76 anos provocaram milhares de mortes nesta cidade japonesa e em Hiroxima.

D. Joseph Mitsuaki Takami sublinhou hoje, numa entrevista ao portal de notícias do Vaticano, que estes aniversários, no momento em que se vivem os Jogos Olímpicos de Tóquio, também no Japão, são “um convite à verdadeira paz, que certamente não pode ser construída com a posse de armas nucleares”.

“O fogo das Jogos Olímpicos também é um símbolo de uma oração de amor, uma oração pela paz. A bomba atómica é totalmente contrária a essa chama, a qual nos pede que eliminemos, que nunca mais usemos essa arma. O único fogo é o da unidade, do amor e da paz”, disse.

Estima-se que 140 mil pessoas tenham morrido no primeiro ataque atómico, contra Hiroxima, a 6 de agosto, em 1945; três dias depois, os norte-americanos levaram a cabo um segundo bombardeamento, em Nagasáqui, que causou mais de 70 mil mortos.

Milhares de pessoas viriam a sofre as consequências da radiação, até à atualidade.

O Papa Francisco visitou as duas cidades japonesas em novembro de 2019 e dedicou a sua mensagem para o Dia Mundial da Paz de 2020 ao desarmamento nuclear.

Às 08h15 japonesas (menos 8 horas em Portugal Continental), o som dos sinos marcou o início de um minuto de silêncio em Hiroxima, na hora exata em que os Estados Unidos da América lançaram a primeira bomba atómica.

A cidade japonesa evocou esta data dentro do Parque do Memorial da Paz; devido à pandemia, o número de participantes foi reduzido a algumas centenas de pessoas, representando 86 nações, e uma delegação de “hibakusha”, sobreviventes do ataque nuclear.

OC

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