Numa carta enviada a Francisco, o chefe de Estado diz que este fenómeno tem de ser combatido pelos governos nas suas «causas sociais e económicas»
Cidade do Vaticano, 02 jan 2015 (Ecclesia) – O presidente da Itália escreveu ao Papa uma carta onde destaca as posições recentemente adotadas por Francisco contra a escravatura e exploração humana, por ocasião do Dia Mundial da Paz.
Na missiva, publicada hoje pela Rádio Vaticano, Giorgio Napolitano sublinha que as palavras do Papa argentino foram para si “ocasião de atenta e profunda reflexão”, ao mesmo tempo que considera a escravatura moderna um fenómeno “dramático”.
Colocando-se como “intérprete dos sentimentos de todos os italianos”, o chefe de Estado aponta para a necessidade de uma tomada de força dos países, seus governos e instituições, “contra as causas sociais e económicas que levam hoje seres humanos a explorarem outros seres humanos"
O presidente italiano enalteceu a defesa de Francisco a favor da dignidade de todas as pessoas, uma posição que – recordou Napolitano – o Papa já tinha deixado aquando da sua visita ao Parlamento Europeu, em novembro último.
“Espero vivamente que se instaure uma nova cooperação social e económica, livre de condicionalismos ideológicos, que saiba encarar o mundo globalizado, mantendo vivo o sentimento de solidariedade e caridade mútua que tanto caraterizou o rosto da Europa, graças à obra generosa de centenas de homens e mulheres – alguns considerados Santos pela Igreja Católica”, disse na altura o Papa.
A carta de Giorgio Napolitano termina com votos de um “bom ano” a Francisco e que em 2015 o Papa argentino possa “prosseguir com a sua missão apostólica”.
RV/JCP