Irmã Lúcia: Processo de canonização foi «trabalho feito com toda a seriedade» – bispo de Coimbra

D. Virgílio Antunes destaca coincidência do encerramento diocesano no ano do Centenário das Aparições de Fátima

Coimbra, 20 jan 2017 (Ecclesia) – O bispo de Coimbra disse que a fase diocesana do processo de canonização da irmã Lúcia de Jesus foi um trabalho “muito longo” feito com “toda a seriedade” que se impõe num processo de uma figura com “relevância universal”.

“Estamos muito felizes por poder chegar ao seu termo desta forma coincidente no ano do Centenário das Aparições, não foi programado, acaba por acontecer e depois tudo está nas mãos de Deus”, afirmou D. Virgílio Antunes.

À Agência ECCLESIA, o prelado recorda que foi um trabalho “muito longo, moroso” mas para ser feito com “toda a seriedade que se impõe” num processo de uma figura que tem uma “relevância universal” tinha de ser feito de forma “muito meticulosa”, o que “atrasou efetivamente no tempo a fase na diocese.

Na fase diocesana o processo de canonização da irmã Lúcia de Jesus vai ser encerrado a 13 de fevereiro, um “dia significativo” porque é quando assinalam a data da morte da vidente de Fátima que faleceu em 2015, numa sessão solene de clausura no Carmelo de Santa Teresa de Coimbra.

“Já é costume sempre assinalarmos com uma missa de ação de graças pela vida da irmã Lúcia porque foi um sinal para milhões de pessoas em Portugal e no mundo inteiro”, observou.

A parte inicial da causa de canonização da Irmã Lúcia começou em 2008, três anos após a sua morte, depois de o agora Papa emérito Bento XVI ter concedido uma dispensa em relação ao período de espera estipulado pelo Direito Canónico (cinco anos).

O bispo de Coimbra assinala que “há muita gente no mundo à espera do desfecho” do processo e sublinha que estão “disponíveis para acolher” os tempos e os momentos julgados adequados.

D. Virgílio Antunes explica que não esperam nenhuma “revelação extraordinária, nem de nenhum anúncio especial” quando o Papa Francisco estiver em Fátima apenas que siga os “tramites normais” da Santa Sé.

“Agora quanto mais depressa e quando Deus quiser e a Igreja achar oportuno ficaremos muito felizes com o andamento e desenvolvimento positivo deste processo”, acrescentou.

Sobre a viagem de Francisco ao Santuário de Fátima a 12 e 13 de maio, o bispo de Coimbra considera que uma visita do Papa “é sempre um acontecimento nacional e um acontecimento eclesial” e apelou à participação de todos os cristãos.

A canonização, ato reservado ao Papa, é a confirmação por parte da Igreja de que um fiel católico é digno de culto público universal (no caso dos beatos, o culto é diocesano) e de ser dado aos fiéis como intercessor e modelo de santidade.

CB

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