IPSS de Santarém reflectem sobre o futuro da solidariedade

O 1º Fórum das IPSS, que decorreu em Santarém, foi o “primeiro diálogo a sério que houve entre ambas as partes”, aponta o Presidente da União Distrital das IPSS de Santarém – UDIPSSS, José Paínho. O Governo Civil, o Centro Distrital da Segurança Social de Santarém juntamente com as Instituições de Solidariedade estiveram envolvidos no num debate que queria encontrar respostas para os profissionais da solidariedade naquele distrito. Uma atitude que José Paínho indica ter sido “corajosa”, dada a actual situação de extenso diálogo entre as IPSS e o Estado. O distrito de Santarém não é incólume à actual situação de conflito entre as instituições sociais e o Estado, seja local ou nacional. O Presidente da UDIPSSS aponta o clima de ordem e diálogo que pautou o encontro. O tema do encontro “IPSS, que futuro na solidariedade” queria perceber que resposta pode o Estado dar às instituições que no terreno se vêem a braços com o corte de verbas, o despedimento de pessoal e fecho de alguns serviços. José Paínho afirma que “uma parte está assegurada pelo próprio Ministério do Trabalho e da Segurança Social, apesar de ainda não haver certezas”. Certeza é que “o Estado também não está interessado em que as instituições fechem portas”, garante o Presidente da UDIPSSS. E acrescenta que Santarém está interessada numa solução de consenso onde o Estado possa assegurar o funcionamento das Instituições “de forma a que solidariedade seja garantida”. O presidente da CNIS, Pe. Lino Maia, presente no Fórum, destacou que os desafios que surgem no campo da solidariedade passam pela defesa da subsidiariedade, pela autonomia, cooperação e sustentabilidade, sem descurar a qualificação de dirigentes e agentes, a organização interna e de equipamentos e a aposta no voluntariado. A optimização do trabalho em rede e de proximidade foram questões sublinhadas pelo Pe. Lino Maia, que apontou também a necessária abertura à flexibilidade, investindo na comunhão, na humanização e na rede ideológica. Abordado foi também o tema da transferência de competências do Estado Central para as autarquias, aproximando os cidadãos do poder local, dando resposta a solicitações e libertando os Centros Distritais. Soluções mais concretas passam agora pelo Ministério do Trabalho e da Segurança Social e pela CNIS, entidades em diálogo.

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