China: Bispo ordenado com aprovação do Vaticano

O chinês Gan Jungiu foi hoje ordenado como novo bispo de Guangzhou, cidade do Sul da China. O prelado foi escolhido pela Associação Patriótica Católica (APC), controlada pelo Partido Comunista Chinês, mas a sua ordenação contou com a aprovação da Santa Sé. Embora o Partido Comunista Chinês se declare oficialmente ateu, a Constituição chinesa permite a existência de cinco Igrejas oficiais (Associações Patrióticas), entre elas a Católica, que tem 5,2 milhões de fiéis. Segundo fontes do Vaticano, a Igreja Católica “clandestina”, ligada ao Papa e fora do controlo de Pequim, conta mais de 8 milhões de fiéis. A APC foi criada em 1957, para evitar “interferências estrangeiras”, em especial do Vaticano, e para assegurar que os católicos viviam em conformidade com as políticas do Estado. A partir da década de 80 do século passado, a APC passou a procurar a aprovação do Vaticano para os seus Bispos, em segredo. Hoje, estima-se que mais de 90% dos Bispos da APC sejam reconhecidos pelo Vaticano. No caso de D. Gan, a sua eleição teve lugar em Novembro de 2006 e, imediatamente depois, recebeu e comunicou aos seus fiéis a aprovação da Santa Sé. A APC não acolheu de bom grado esta manifestação de lealdade ao Papa e bloqueou a ordenação até hoje. Segundo a agência católica AsiaNews, a cerimónia decorreu sob forte vigilância policial. O novo Bispo fez questão de afirmar que também na China a Igreja é “una, santa, católica e apostólica”.

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