Imaculada Conceição: Igreja Católica celebra dogma com ligação histórica a Portugal

Duquesa de Bragança partilha sentimentos que vive em peregrinação anual a Vila Viçosa

Foto: Arquidiocese de Èvora

Lisboa, 07 dez 2022 (Ecclesia) – A solenidade da Imaculada Conceição, que a Igreja Católica assinala anualmente a 8 de dezembro, é feriado nacional em Portugal, um reconhecimento à importância desta data na espiritualidade e identidade do país.

O dogma da Imaculada Conceição de Maria foi proclamado a 8 de dezembro de 1854, através da bula ‘Ineffabilis Deus’, a qual declara a santidade da Virgem Santa Maria desde o primeiro momento da sua existência, sendo preservada do pecado original.

A primeira celebração do culto da Imaculada Conceição aconteceu na Sé Velha de Coimbra, no dia 8 de dezembro de 1320.

A ligação entre Portugal e a Imaculada Conceição ganhara destaque em 1385, quando as tropas comandadas por D. Nuno Alvares Pereira derrotaram o exército castelhano e os seus aliados, na batalha de Aljubarrota.

Em honra a esta vitória, o Santo Condestável fundou a igreja de Nossa Senhora do Castelo, em Vila Viçosa (Arquidiocese de Évora), e fez consagrar aquele templo a Nossa Senhora da Conceição.

A antiga igreja de Nossa Senhora do Castelo, espaço onde se ergue atualmente o santuário nacional, afirmou-se nos finais do século XIV como um sinal desta devoção, em toda a Península Ibérica.

Durante o movimento de restauração da independência, com a coroação de D. João IV como rei de Portugal, a 15 de dezembro de 1640; este soberano coroou a Imagem de Nossa Senhora da Conceição de Vila Viçosa como Rainha e Padroeira de Portugal, durante as cortes de 1646.

Esta sexta-feira, a Régia Confraria de Nossa Senhora da Conceição de Vila Viçosa assinala a solenidade da Imaculada Conceição, num programa que decorre entre as 9h30 e as 18h30, com Eucaristia, procissão e ato de consagração, sob a presidência do arcebispo de Évora, D. Francisco Senra Coelho, e a presença dos Duques de Bragança.

Isabel de Herédia, duquesa de Bragança, fala à Agência ECCLESIA da peregrinação anual a Vila Viçosa, um momento “emocionante” para a família.

“Quando vou, levo tudo. Peço tudo, agradeço tudo”, refere.

“Nossa Senhora, com a sua vida, com o seu sim, com o seu desprendimento, a sua entrega total, é um exemplo”, acrescenta.

Foto: Santuário de Vila Viçosa

A entrevistada no programa ECCLESIA desta sexta-feira (15h00, RTP2) considera que, “geneticamente, os portugueses são marianos”.

“Nós nascemos como terra de Santa Maria e somos terra de Santa Maria”, indica.

A duquesa de Bragança destaca que, desde o gesto de D. João IV, a família “sempre esteve muito ligada à Nossa Senhora e à Imaculada Conceição”, em particular ao Santuário de Vila Viçosa.

“Acho que há um fio condutor. Nós temos Fátima porque tivemos esta coroação à Nossa Senhora”, observa.

A entrevistada fala ainda de um sentido de “serviço” na família.

“Nós temos, muito forte, esta noção de que estamos aqui a trabalhar para a Nossa Senhora também, porque a terra é dela. E assim é mais fácil”, conclui.

HM/OC

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