Igreja solidária com trabalhadores da Delphi

Diocese de Portalegre-Castelo Branco procura soluções para os despedidos em Ponte de Sor

A Igreja “está atenta à situação dos trabalhadores da Delphi” e “quer minimizar os efeitos” dos possíveis despedimentos. Em declarações à Agência ECCLESIA, D. Antonino Dias, Bispo de Portalegre-Castelo Branco, pede também “o envolvimento da sociedade civil”.

Os 430 trabalhadores Fábrica de componentes de automóveis Delphi de Ponte de Sor vão ser despedidos na sequência do encerramento da empresa, foi ontem confirmado aos sindicatos, que já decidiram pedir a ajuda da autarquia e do Governo para a criação de empregos alternativos.

“Infelizmente, não temos hipótese de fazer nada para inverter esta situação”, disse à agência Lusa Delfim Mendes, da Federação Intersindical da Química, Metalurgia e Indústrias Eléctricas.

Para Elicídio Bilé, Presidente da Cáritas Diocesana, este “será um duro golpe para a região”. Apesar das “muitas potencialidades”, a zona de Ponte Sor tem sido “abalada pelo encerramento de várias empresas”.

O envelhecimento da população é notório e estas “situações são machadadas a esse nível”, alerta.

No final do dia, D. Antonino Dias reunirá com a Cáritas Diocesana para reflectirem sobre o assunto e encontrarem formas de ajudar os trabalhadores. “Queremos ter uma reunião com a Associação de Trabalhadores da Delphi, com a Associação Empresarial de Portalegre e com Câmara Municipal”, disse o prelado.

A intenção é “ver se é possível o lançamento de novas empresas”. Se não aparecer investimento na região, “será muito complicado as pessoas sobreviverem”, alerta Elicídio Bilé.

O interior do país “está esquecido”. Segundo o Bispo de Portalegre-Castelo branco “só quem anda pelas aldeias sabe o que passa”. E acentua: “se os políticos fizessem visitas pastorais não falariam como falam”.

“A Igreja procura ajudar as pessoas”, visto que “tudo o resto desaparece: escola, assistência médica…”, lamenta D. Antonino Dias.

A Cáritas diocesana tem um fundo monetário para suprimir algumas necessidades porque “a renúncia quaresmal deste ano” foi destinada a este organismo.

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