Igreja/Sociedade: «Vocação é a expressão do nosso amor mais alto pela vida» – D. José Tolentino Mendonça (c/vídeo)

Cardeal português pede às famílias que coloquem os jovens «perante o aberto da vida» e que Deus «se revele nos seus corações»

Lisboa, 13 mai 2021 (Ecclesia) – D. José Tolentino Mendonça afirmou hoje que a vocação “é a expressão do amor mais alto pela vida”, o que é preciso “levar muito a sério”, na sua reflexão diária da Semana da Vida 2021.

“Falar da vocação é falar da vida, é apresentar a vida, é experimentar a vida, é desproteger-se. É acolher a vida com paixão, acolher a vida com entusiasmo perguntando qual é a vontade de Deus a meu respeito”, disse o cardeal português numa reflexão partilhada pelo Departamento Nacional da Pastoral Familiar.

‘Cuidar dos nossos Jovens – Tocar na Escolha da Vocação’ é o tema específico desta quinta-feira, no contexto da Semana da Vida 2021, que a Igreja Católica em Portugal está a promove até domingo, 16 de maio.

“Que ao longo deste dia escutemos as vozes e os ensinamentos que nos vão ajudar a pensar como se cuida da vocação”, pediu D. José Tolentino Mendonça.

O cardeal português salienta que “é importante” que as famílias não façam tabu sobre a vocação e não coloquem os jovens “perante mapas ou perante GPS, mas incentiva que os coloquem “perante o aberto da vida, deixando que a vida se revele, que Deus se revele nos seus corações”.

“O critério para saber se estamos no nosso caminho, a realizar a nossa vocação, acho que são dois: A paz de coração, saber que não pode ser outra coisa, e um sentido profundo de felicidade. A vocação é a expressão do nosso amor mais alto pela vida e isso é alguma coisa que temos que levar muito a sério”, desenvolveu o colaborador do Papa.

Segundo D. José Tolentino Mendonça, falar da vocação é falar da “exposição à vida, de um mergulho na própria vida”, porque é preciso ser um geógrafo explorador, que “verdadeiramente percorra o território da existência, com uma capacidade de escuta, uma capacidade de atenção, uma capacidade de comunhão”.

O cardeal português começou a reflexão desta quinta-feira a recordar que há uns anos para falar a vocação em geral usou sobretudo as palavras do geógrafo italiano Franco Michieli, que tinha escrito um livro chamado ‘a vocação de se perder, breve ensaio sobre o modo como os caminhos encontram os viajantes’.

“O geógrafo italiano diz: Larguemos os mapas, larguemos as bússolas e os gps’s, partamos à aventura com os ancestrais instrumentos humanos de navegação, isto é, os nossos sentidos, a capacidade de observar o sol e as estrelas, a capacidade de ouvir o eco, uma real entrega à viagem”, explicou.

‘A vida que nos toca, a vida que sempre cuidamos’, é o tema geral da Semana da Vida 2021 e em cada dia a Igreja Católica, através do Departamento Nacional da Pastoral Familiar, convida a “cuidar” da casa comum, da vida que nasce, a “cuidar e educar os filhos”, a cuidar dos jovens, dos idosos e da família.

CB/OC

 

 

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